Um menino palestino palestino de apenas dois anos de idade sofreu ferimentos graves após ser atingido na cabeça por um tiro disparado por soldados de Israel, na Cisjordânia ocupada, nesta quinta-feira (1°).
Segundo a agência de notícias Wafa, o menino foi baleado enquanto estava no carro junto de seu pai, de 40 anos, logo em frente de sua casa.
Um helicóptero transportou o menino ao hospital israelense de Sheba; seu estado é grave. O pai, baleado no braço, foi separado do filho e levado de ambulância a Ramallah.
O ativista local Bilal Tamimi reportou à Wafa que o incidente ocorreu durante uma nova incursão militar israelense sobre a região.
O exército da ocupação alegou abrir um inquérito sobre o episódio, ao “lamentar danos a não combatentes” e insistir “fazer tudo em seu poder para impedir tais casos”. É comum que operações israelenses nos territórios ocupados resultem em baixas civis; é incomum, contudo, que quaisquer soldados de Israel sejam julgados ou sequer indiciados.
De acordo com Naji Tamimi, chefe do conselho da aldeia de Nabi Saleh, os soldados israelenses trancaram o portão de acesso à comunidade e avançaram contra seus bairros residenciais. Neste entremeio, dispararam munição real contra os residentes palestinos.
A Cisjordânia vive uma escalada de violência há meses, em meio a invasões israelenses a aldeias e cidades, sobretudo na região de Nablus e Jenin.
Mais de 155 palestinos foram mortos por Israel desde janeiro, incluindo 26 menores de idade, segundo estimativas palestinas. O último ano foi considerado o mais mortal na Cisjordânia desde 2015, mas a mortalidade do ano corrente já excedeu o total de vítimas de 2022.
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