Segundo reportagem desta sexta-feira (2) do jornal em hebraico Maariv, as instituições militares de Israel estão conduzindo preparativos para uma potencial ofensiva militar de larga escala para “expurgar” a Cisjordânia ocupada de grupos da resistência armada.
De acordo com o correspondente militar Tal Lev-Ram, a morte do colono Meir Tamari, perto do assentamento ilegal de Hermesh, por um suposto ataque a tiros realizado por palestinos, além de outros incidentes, mostra que a situação de segurança é instável.
A intensidade dos ataques, que resultou em 20 israelenses mortos em 2022, demonstra perigo crônico em toda a região, insistiu Lev-Ram. O articulista, todavia, ignorou a assimetria de forças e as centenas de baixas entre os palestinos.
“Para lidar com a situação, as instituições militares conduzem preparativos para uma potencial medida de larga escala, cujo gatilho deve ser a morte de israelenses”, destacou o comentarista militar israelense.
Segundo sua análise, a ofensiva deve começar pelos campos de refugiados de Nablus e Jenin pois representam “um incentivo a ataques em outras áreas”. Caso deferida, a operação deve durar dias e compreender apreensão de armas, prisões e destruição de supostas oficinas de aparatos explosivos.
Não obstante, o exército teme que eventuais ofensivas contra a Cisjordânia possam levar a uma nova escalada na Faixa de Gaza sitiada – alternativa pouco atraente a Israel na conjuntura atual, dado que costuma instigar críticas internacionais.
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