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Ong suspende serviços no campo de refugiados de Ain al-Hilweh, no Líbano

Refugiados se abrigam em escolas e centros culturais após confrontos no campo de refugiados de Ain al-Hilweh, em Sidon, no Líbano, 30 de julho de 2023 [Houssam Shbaro/Agência Anadolu]

A ong libanesa Al Shifaa para Serviços Médicos e Humanitários confirmou nesta terça-feira (1°) a suspensão de suas atividades no campo de refugiados de Ain al-Hilweh, na periferia da cidade de Sidon, após equipes, veículos e ambulâncias serem alvejados por um dos lados em confronto no local.

As operações continuam fora do campo, informou a ong, ao reiterar que seus serviços não discriminam entre beneficiários: “Estamos à mesma distância de todas as partes no campo”.

A Al Shifaa pediu pelo fim dos combates em nome do “interesse de todos”. Suas equipes, no entanto, não voltarão ao campo até haver garantias de segurança.

A ong não identificou o grupo agressor.

Ao menos duas pessoas morreram em um aparente confronto faccionário em Ain al-Hilweh. Um dos mortos é um oficial sênior do Fatah, partido dominante da Autoridade Palestina.

Três outras pessoas, incluindo duas meninas, foram feridas.

Estabelecido no contexto da Nakba palestina, em 1948, Ain al-Helweh abriga cerca de 50 mil refugiados registrados pela Organização das Nações Unidas (ONU). Estimativas não-oficiais, no entanto, chegam a contabilizar 70 mil habitantes.

Há cerca de 200 mil refugiados palestinos no Líbano, a maioria em campos segregados pelo governo libanês, sob influência de diversos grupos nacionais e regionais.

LEIA: Confrontos em campo de refugiados palestinos no Líbano deixam nove mortos

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