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Ben-Gvir proíbe estudantes palestinos de festejar aprovação nas provas finais

Ministro de Segurança Nacional de Israel, Itamar Ben-Gvir, em Jerusalém ocupada, em 9 de julho de 2023 [Gil Cohen-Magen/AFP via Getty Images]

O ministro de Segurança Nacional de Israel, Itamar Ben-Gvir, emitiu nesta terça-feira (1°) sua proibição a cerimônias no bairro de Silwan, em Jerusalém ocupada, nas quais os estudantes palestinos festejariam sua aprovação nas provas finais.

As informações são da agência de notícias Wafa.

Ahmad Ghoul, presidente do Clube de Silwan, foi convocado a uma delegacia e interrogado por horas por forças da ocupação. Em seguida, recebeu uma carta para proibi-lo de realizar uma festa pelo fim do ano letivo.

Carta de Ben-Gvir proíbe festa de estudantes palestinos em Silwan [Wafa]

A ordem foi assinada pelo ministro e deputado de extrema-direita, ao proibir a celebração no Clube de Silwan ou em qualquer outro espaço de Jerusalém ou do território considerado Israel – isto é, ocupado durante a Nakba ou “catástrofe”, via limpeza étnica, em 1948.

Conforme a carta, o evento – a ser realizado nesta quarta-feira (2) pela Autoridade Palestina (AP) – não obteve autorização prévia das instituições ocupantes.

O clube planejava entregar prêmios aos melhores alunos, em uma cerimônia realizada todos os anos em Jerusalém.

Israel recorre a diversos pretextos para restringir eventos palestinos em Jerusalém, medida denunciada como discriminação institucional cujo intuito é apagar a presença dos cidadãos palestinos da cidade ocupada, em favor de colonos ilegais.

Nos últimos anos, Israel fechou os escritórios de dezenas de organizações sociais radicadas na cidade, ao alegar financiamento da Autoridade Palestina.

Os Acordos de Oslo, assinados em 1993, permitem a realização de eventos e a abertura de repartições palestinas em Jerusalém Oriental, incluindo um escritório da Organização para a Libertação da Palestina (OLP).

Israel, contudo, fechou a sede da OLP e outras entidades, incluindo a Câmara de Comércio. O alvo atual são escolas palestinas, proibidas de ensinar o currículo árabe para substituí-lo

pela grade doutrinária e distorcida da ocupação.

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