O Centro de Estudos dos Prisioneiros Palestinos advertiu nesta quinta-feira (17) contra ações do ministro de Segurança Nacional de Israel, Itamar Ben-Gvir, contra palestinos aprisionados nas cadeias da ocupação, incluindo instruções para ampliar restrições e políticas de assédio.
O pesquisador Riyad al-Ashqar destacou que as condições pioraram bastante desde janeiro, quando Ben-Gvir visitou a infame penitenciária de Nafha e deu ordens aos carcereiros para negar pão aos detidos, ao descrever as provisões como “benefício e indulgência”.
“A política é negar benefícios e indulgências a terroristas [sic] nas cadeias de Israel, negá-los privilégios [sic] que podemos reter por lei e, com certeza, negá-los direitos que, por alguma razão, terroristas têm e presos penais não têm”, declarou o ministro na ocasião.
Nesta semana, reiterou o notório político de extrema-direita: “Minha política como ministro encarregado do Serviço Penitenciário de Israel [SPI] deve ser de conhecimento de todos [e] já começou a ser implementada, incluindo redução máxima da indulgências e acabar com o acampamento de verão [sic] que costumávamos ver em certas alas prisionais”.
Cerca de mil prisioneiros anunciaram possível greve de fome contra as políticas de Ben-Gvir. Muitos são mantidos em detenção administrativa – isto é, sem acusação ou julgamento.
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