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Argélia propõe transição de seis meses para solucionar crise no Níger

Apoiadores do golpe celebram um mês da escalada militar no Níger, no estádio General Seyni Kountche, na capital Niamei, em 26 de agosto de 2023 [Balima Boureima/Agência Anadolu]

A Argélia propôs seis meses de transição a um governo civil como eventual solução à crise no Níger, após um golpe militar destituir o presidente eleito Mohamed Bazoum, em 26 de julho.

A iniciativa foi anunciada nesta terça-feira (29) pelo chanceler argelino, Ahmed Attaf, após uma recente turnê por países da África Ocidental para dissuadir seus governos de intervir militarmente no Estado vizinho.

Chefes de segurança de membros da Comunidade Econômica de Estados da África Ocidental (Ecowas) se encontraram em Gana na semana passada para debater a ideia, após o ex-chefe da guarda presidencial estabelecer uma junta no lugar do governo de Bazoum.

Argel opõe-se a uma intervenção no Níger, ao relembrar o caos que tomou a Líbia após a Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) invadir o país, em meio aos protestos populares que depuseram a ditadura de Muammar Gaddafi.

Desde o golpe, oficiais argelinos conversaram três vezes com o chefe do exército nigerino, que reivindica um suposto período transicional de três anos.

A proposta argelina inclui um fórum da Organização das Nações Unidas (ONU) para retomar a ordem constitucional, estabelecer garantias dos lados envolvidos e conduzir um evento de desenvolvimento na região do Sahel, segundo Attaf.

Na semana passada, o presidente argelino, Abdelmadjid Tebboune, negou ter concedido autorização à França para uma eventual operação militar no Níger. O governo francês, no entanto, negou ter solicitado autorização.

LEIA: A África não permitirá que a exploração da França continue

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