Daoud Abdul-Razzaq Dars, palestino de 41 anos do campo de refugiados de Deir Ammar, faleceu de seus ferimentos na manhã desta sexta-feira (1°) após ser baleado por agentes israelenses perto de Ramallah, na Cisjordânia ocupada.
As informações são da agência de notícias Wafa.
O Ministério da Saúde da Autoridade Palestina (AP) confirmou o óbito.
O exército ocupante acusou Dars de atropelar soldados em um checkpoint militar perto da aldeia de Beit Sira. Segundo o jornal israelense Haaretz, o incidente causou a morte de um oficial e feriu três colonos.
Conforme os relatos, Dars dirigiu seis quilômetros para ser abordado em outro checkpoint militar, onde foi executado a tiros. O exército colonial informou em nota que o suspeito foi “neutralizado”.
O ministro da Defesa de Israel, Yoav Gallant, expressou condolências à família do soldado e exaltou suas tropas “por sua ação determinada em matar o agressor”.
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Autoridades palestinas e grupos de direitos humanos criticam regularmente o uso de força letal pelo exército da ocupação israelense, ao reivindicar da comunidade internacional que aja para conter a violência.
Nesta quinta-feira (31), um adolescente palestino foi executado em Jerusalém. Pouco depois, tropas de Israel invadiram sua casa e prenderam sua família.
Khaled Samer al-Zaanin, de apenas 14 anos, nascido em Beit Hanina, em Jerusalém Oriental, foi executado “a sangue frio”, informou a Wafa. Israelenses no local aplaudiram quando seu corpo foi removido da área por policiais.
Vídeos que viralizaram nas redes sociais mostram Khaled prostrado no chão com suas mãos para o alto, quando foi baleado. A polícia impediu o acesso de paramédicos para socorrê-lo ou mesmo confirmar as circunstâncias de sua morte.
Mais de 200 palestinos foram assassinados por Israel desde janeiro de 2023. A Organização das Nações Unidas (ONU) alerta para o ano mais letal aos palestinos desde que começou a registrar os números, em 2006.
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