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Cristiano Ronaldo celebra a vitória do time saudita Al Nassr sobre o rival Al Hilal, na final da Copa dos Campeões Árabes, no Estádio Internacional Rei Fahd, em Riad, Arábia Saudita, 12 de agosto de 2023 [Stringer/Agência Anadolu]

As federações de futebol do Irã e da Arábia Saudita firmaram um acordo “histórico” para retomar partidas de ida e volta entre times de ambos os países, ao encerrar sete anos de jogos em campos neutros, devido a relações tensas entre os vizinhos.

Irã e Arábia Saudita avançam para restaurar plenamente seus laços diplomáticos.

Equipes do reino poderão viajar à república islâmica para disputar a Copa dos Campeões da Ásia. O Al Nassr, time do centroavante português Cristiano Ronaldo, jogará em Teerã contra o Persepolis, em 19 de setembro.

Outros clubes sauditas participam da fase de grupos.

A medida deve “aproximar fãs do esporte, ao permitir aos clubes receber partidas em casa e visitar seus adversários no exterior, criando uma experiência mais engajada e emocionante a torcedores e jogadores”, observou a Confederação Asiática de Futebol (AFC) em comunicado emitido nesta segunda-feira (4).

Antes do acordo, todas as partidas entre clubes da Federação de Futebol da Arábia Saudita (SAFF) e da Federação de Futebol da República Islâmica do Irã (FFIRI) tinham de ocorrer em território neutro, conforme decisão do órgão dirigente asiático.

Laços iraniano-sauditas progrediram desde um acordo de reaproximação firmado em março, mediado pela China. Os longevos rivais exportadores de petróleo concordaram em restaurar relações e reabrir embaixadas nas respectivas capitais após sete anos de atrito.

A monarquia expressou desejo de começar uma “nova fase” na relação com Teerã, com base em interesses comuns e respeito mútuo.

LEIA: Embaixador iraniano inicia trabalho diplomático na Arábia Saudita

A medida coincide, contudo, com dois movimentos geopolíticos opostos: hostilidades entre Irã e Israel e pressões dos Estados Unidos para que a nação do Golfo normalize laços com o regime ocupante na Palestina histórica.

A Casa Branca do presidente Joe Biden vê um eventual acordo como triunfo político de seu governo às vésperas do ano eleitoral. Especula-se que Biden esteja disposto a conceder até mesmo garantias de defesa e acesso a tecnologia nuclear ao reino para assinar um acordo.

Os lados, no entanto, expressam persistentes ressalvas e hesitações.

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