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Novo prefeito de Barcelona retoma parceria com Tel Aviv

Bandeira da Espanha [fdecomite/Flickr]

O novo prefeito de Barcelona, Jaume Collboni, confirmou na sexta-feira (1°) a retomada do acordo de cidade-gêmea com Tel Aviv, após sua antecessora, Ada Colau, revogar a parceria em fevereiro, ao denunciar as práticas de apartheid contra os palestinos.

Sob críticas, o recém-empossado comissário de relações exteriores, Pau Solanilla, alegou que reaver a parceria com a cidade israelense não causará danos às relações da metrópole catalã com a Autoridade Palestina (AP), de modo que a primeira visita oficial de Collboni pode ser a Ramallah.

“Ao restabelecer relações, respeitamos a posição da maioria da Câmara dos Vereadores de Barcelona”, comentou Solanilla. “Queremos regressar a uma posição comprometida com o diálogo, a paz e o consenso, junto de relações plenas com a capital mediterrânea”.

Solanilla sugeriu que Tel Aviv “representa os valores mais progressistas de Israel, ao receber mais de 30% dos protestos de massa contra as políticas reacionárias do governo do premiê [Benjamin] Netanyahu”.

Em fevereiro, Colau cortou relações com a cidade, sob campanha de mais de quatro ativistas e cem organizações que pediram a Barcelona que se tornasse símbolo na defesa dos direitos humanos do povo palestino.

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“A pedido de milhares de nossos cidadãos, comuniquei a Netanyahu que suspendemos laços institucionais com o Estado de Israel devido às reiteradas violações de direitos humanos e ao descumprimento de resoluções das Nações Unidas”, escreveu Colau na ocasião.

O Comitê Nacional da campanha de Boicote, Desinvestimento e Sanções (BDS) rechaçou a reviravolta catalã, ao destacar que “prejudica conscientemente os palestinos nativos e sua luta por liberdade, justiça e igualdade”.

O vereador Marc Serra expressou sua indignação na rede social X, antigo Twitter: “Collboni preferiu abraçar Israel à medida que o país passa por sua pior crise política, governado por um gabinete de extrema-direita que propõe uma reforma judicial contrária à separação de poderes e incita a violência contra os palestinos”.

“Collboni promete agora viajar à Palestina, mas gostaria que fosse antes para ver com seus próprios olhos o apartheid em curso no país”, reiterou Serra.

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