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Banco Mundial e FMI reafirmam encontros de Marrakech. Movimentos sociais lutam para organizar encontros paralelos.

A diretora do FMI, Kristalina Georgieva, e o governador do Banco Al Maghrib do Marrocos, Abdellatif [Divulgação]

O Banco Mundial, o Fundo Monetário Internacional e o Ministério da Economia do Marrocos confirmaram na noite de segunda-feira (18) a realização de suas reuniões anuais que já estavam programadas para acontecer 9 a 15 de outubro na cidade marroquina de Marrakech

Um comunicado conjunto informa que as organizações financeiras trabalharam em conjunto com as autoridades marroquinas para avaliar as condições para o encontro, após o terremoto que, em 8 de setembro, atingiu a cidade e a região montanhosa onde está localizada.

Marrakech foi uma das regiões mais afetadas pelo terremoto de 8 de setembro na região central do Marrocos, com danos consideráveis na antiga Medina da cidade.

O comunicado enfatiza que “ as reuniões anuais também servirão como uma oportunidade para a comunidade internacional “apoiar o Marrocos e seu povo, que mais uma vez demonstrou resiliência diante da tragédia” e afirma o compromisso das entidades “em garantir a segurança de todos os participantes”

Apesar do desastre, as autoridades têm estimulado o turismo à cidade. Mas as circunstâncias devem prejudicar as atividades paralelas programadas por organizações da sociedade civil

Organizações no  Marrocos e internacionais vinham se mobilizando para organizar uma espécie de contracúpula no mesmo período.

Foto usada em chamado a encontro paralelo em  Marrakech feito em janeiro deste ano pela organização CADTM – [CC, Wikimedia via CADTM]

Organizações sociais responsabilizam as políticas dessas organizações por um  crescimento insustentável  que incentiva o desperdício de recursos, aumenta as desigualdades e injustiças econômicas, sociais e de gênero, agrava a degradação ambiental, acelera a mudança climática e afeta negativamente a saúde, o acesso à água e saneamento, alimentação, moradia e direitos de propriedade. isso põe em perigo a vida das populações mais pobres e vulneráveis, especialmente mulheres, crianças e os migrantes. Dado que as dívidas representam grandes obstáculos à capacidade de decisão decisões dos países em desenvolvimento, dificultam os processos de controle de seus recursos recursos naturais e a prestação de serviços públicos, o pagamento da dívida constitui violação do direito ao desenvolvimento.

Pelo menos três iniciativas estavam programadas para convergir nas manifestações paralelas em Marrakesh: A “iniciativa civil para uma assembleia alternativa”, que reúne mais de 130 organizações e redes que trabalham em todas as áreas dos direitos, bem como as principais centrais sindicais marroquinas. 2. A iniciativa Frente Social, que inclui associações de direitos humanos, sindicatos e partidos políticos de esquerda. 3. A iniciativa CADTM, organização que luta contra as dívidas do terceiro mundo.

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Desde o terremoto de 8 de Setembro, as organizações sociais marroquinas estão envolvidas em atividades de solidariedade às vítimas.

“ Milhares de associações e cidadãos estão coletando equipamentos e alimentos para ajudar as pessoas afetadas pelo desastre” – disse Kamal Lahbib, do Fórum Marroquino das Alternativas, organização que integra o Fórum Social Mundial e que também organiza um dos três encontros paralelos ao CI. A prioridade, agora, é buscar ajuda. .

“Várias redes foram criadas. Juntamente com nossos amigos, criamos uma coalizão de quase 400 associações organizadas em comitês locais para coletar e distribuir ajuda.” – explica Lahbib. “Estamos em contato constante com associações locais e representantes eleitos. E estamos comprometidos por vários anos com o apoio às vítimas e aos órfãos, com a reconstrução, com a luta contra as desigualdades territoriais e com o estabelecimento de novas bases para a gestão democrática de nossos territórios”.

A pressão às instituições internacionais deve aumentar em razão dos terremotos. ,

Na abertura da Assembleia Geral da ONU aberta nesta terça-feira, o presidente brasileiro também fez críticas ao sistema econômico atual. Ele condenou a distribuição desigual de regursos lembrando que, “no ano passado, o FMI disponibilizou 160 bilhões de dólares em direitos especiais de saque para países europeus, e apenas 34 bilhões para países africanos”.  Lula também manifestou solidariedade às vítimas do terremoto no Marrocos, bem como às vítimas da tempestade Daniel na Líbia.

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