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Grupo político pede a membros que não critiquem o governo após terremoto no Marrocos

Homem tenta limpar os destroços da aldeia de Imi N’Tala, atingida pelo terremoto, em 19 de setembro de 2023 [Bulent Kilic/AFP via Getty Images]

Abdel Wahed al-Mutawakkil — chefe do bloco político do Movimento Justiça e Caridade do Marrocos, maior grupo político islâmico do reino — reportou instruções da alta cúpula para que membros não critiquem o governo após terremotos massivos assolarem o país.

Segundo a liderança do grupo, é preciso priorizar o trabalho de campo e a assistência humanitária.

Em entrevista publicada pelo site do movimento, al-Mutawakkil observou que as diretivas pediram aos membros que trabalhassem “calmamente em vista da situação excepcional e suas demandas por intervenção urgente”.

“Enfrentamos diversas áreas amplas que sofrem com a miséria e a vulnerabilidade”, declarou o comunicado.

Al-Mutawakkil, no entanto, contestou: “Todo oficial deve ser questionado sobre sua responsabilidade: ele fez ou não o que era preciso fazer?”

Segundo seu relato, o terremoto revelou a extensão da negligência nas áreas afetadas, além da corrupção e má governança dos recursos públicos.

Al-Mutawakkil pediu às autoridades que “levem a questão a sério para dar fim ao sofrimento dos moradores afetados assim que possível”.

Em 8 de setembro, um terremoto de magnitude 7 atingiu o Marrocos, com epicentro em Marrakech. Ao menos 2.960 pessoas morreram e 6.125 ficaram feridas, junto de enorme destruição material, segundo dados do Ministério do Interior.

LEIA: Terremoto em Marrocos foi equivalente a 30 bombas nucleares, diz especialista

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