Áreas ricas em gás natural, como o Oriente Médio, devem assumir a iniciativa para suprir as demandas globais até 2030, destacou o centro de política energética Rystad Energy, sediado em Oslo, capital da Noruega.
Conforme o relatório, as demandas globais de gás natural devem aumentar na próxima década, sob condições de aquecimento global e maior uso de recursos energéticos, ao influenciar um aumento de 12.5% na produção entre 2023 e 2030.
A Rystad Energy prevê que, mesmo no cenário de aumento nas temperaturas entre 1.9 e 2.5°C, com célere crescimento nas fontes de energia renovável, os campos de gás natural hoje funcionais não conterão a demanda, de maneira que é preciso avançar em medidas heterodoxas.
Segundo o estudo, para responder ao aumento nas temperaturas, será preciso, ao menos a princípio, aumentar a exploração de gás natural. Nesse contexto, o Oriente Médio exercerá protagonismo, com cerca de 20 milhões de toneladas por ano até 2040.
LEIA: Reino Unido propõe cabo submerso para importar energia do Marrocos
“O gás natural é considerado cada vez mais uma pedra angular a um futuro sustentável”, argumentou Aatisha Mahajan, vice-presidente de exploração da Rystad Energy.
“Com a queda nas emissões e o alinhamento regional de metas de segurança energética, o gás natural está fadado a exercer um papel crucial na transição energética global”, apontou Mahajan. “O Oriente Médio é um agente-chave nesta mudança, como parte de suas novas estratégias de transição”.
Ambientalistas, no entanto, alertam que é preciso investir em fontes alternativas de energia, à medida que grandes empresas insistem na exploração de combustíveis fósseis.
LEIA: Oapec: árabes querem contribuir mais com setor petrolífero
Este conteúdo da Middle East Monitor está licenciado sob uma Internacional Creative Commons Atribuição Não Comercial de Livre Compartilhamento (Attribution-NonCommercial-ShareAlike) 4.0.. Se a imagem tiver nosso crédito, essa licença também se aplica a ela. O que isso significa? Para permissões além do escopo desta licença, entre em contato conosco.
Detectou um erro nesta página? Informe-nos
