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Soldados israelenses em Gaza ostentam má conduta

Israel nega cessar-fogo para permitir entrada de ajuda humanitária a Gaza

Palestinos fazem fila em uma padaria após Israel cessar por completo o abastecimento de água, luz e comida na Faixa de Gaza, em Khan Yunis, em 15 de outubro de 2023 [Mustafa Hassona/Agência Anadolu]

Israel reafirmou nesta segunda-feira (16) que nenhum cessar-fogo foi ou será implementado no sul da Faixa de Gaza, apesar de forças de segurança do Egito propuserem um acordo para evacuação de estrangeiros e entrada de assistência humanitária.

As informações são da agência de notícias Reuters.

O bombardeio israelense a Gaza continuou de madrugada; residentes relatam a pior ofensiva em nove dias.

À medida que a crise humanitária tomou Gaza, duas fontes de segurança do Egito alegaram que a ocupação concordou em suspender os disparos na porção sul, para reabrir a travessia de Rafah e permitir a saída de cidadãos binacionais.

Em comunicado, no entanto, o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, desmentiu os esforços para proteger civis: “Não há nenhuma trégua atualmente, ou ajuda humanitária, em troca de permitir a saída de estrangeiros”.

O exército israelense e a embaixada dos Estados Unidos não comentaram a recusa.

A situação em Rafah é de incerteza. Trata-se da única travessia que não é controlada por Israel, cujos avanços coloniais culminaram em um bloqueio completo a Gaza, incluindo a proibição de entrada de alimentos, água, energia e combustível.

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Ao justificar a medida de punição coletiva — ilegal sob o direito internacional —, o ministro da Defesa de Israel, Yoav Gallant, apelou a uma retórica racista e desumanizante: “Estamos combatendo animais, agiremos de acordo”.

Esforços diplomáticos tentam superar os entraves israelenses para permitir a entrada de assistência urgente ao enclave palestino, sob ataques desde 7 de outubro.

Israel prepara uma invasão por terra, sob o pretexto de “destruir o Hamas”. Observadores, no entanto, alertam para risco de genocídio, à medida que políticos israelenses prometem exterminar os palestinos da área.

Conforme autoridades de Gaza, ao menos 2.750 pessoas foram mortas pelos bombardeios israelenses até então — um quarto, crianças —; outras dez mil ficaram feridas. Mil pessoas continuam desaparecidas, provavelmente sob os escombros.

Centenas de toneladas de ajuda de vários países continuam retidas no Egito, à espera de salvo-conduto a Gaza, assim como a evacuação de cidadãos estrangeiros via travessia de Rafah. Segundo o Cairo, os ataques deixaram o local inoperável.

O governo dos Estados Unidos disse a seus cidadãos em Gaza que se aproximem da travessia para que possam deixar a área. Washington estima que há 500 a 600 cidadãos binacionais — palestino-americanos — na Faixa de Gaza, dentre uma população de 2.4 milhões de pessoas.

Israel, no entanto, manteve os bombardeios.

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