O Ministério da Saúde da Faixa de Gaza reforçou apelos à comunidade internacional para que envie voluntários médicos ao território sitiado em questão de urgência, para aliviar a pressão sobre os exauridos profissionais locais.
As informações são da agência de notícias Anadolu.
Gaza sofre bombardeios intensos por parte de Israel há nove dias consecutivos.
“Precisamos desesperadamente de profissionais médicos de todas as especialidades”, afirmou o porta-voz do ministério, Ashraf Al-Qudra. “Nossas equipes foram mortas ou desabrigadas”.
No domingo (15), o ministério conclamou os cidadãos a doar sangue em todos os hospitais de Gaza, devido ao número exponencial de feridos pelos bombardeios israelenses. A pasta alertou ainda para o iminente colapso das capacidades médicas.
A ministra Mai al-Kaila descreveu a situação em Gaza como “catastrófica” e reafirmou que, caso a situação prossiga, todos os serviços médicos aos 2.4 milhões de moradores civis da faixa costeira irão colapsar.
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Al-Kaila lamentou a jornalistas que “autoridades israelenses ainda se recusam a permitir a entrada de comboios assistenciais a Gaza”.
Até domingo, quase três mil palestinos foram mortos pela escalada israelense, incluindo 700 crianças; outros 9.042 ficaram feridos. Segundo o exército colonial, a operação de resistência do movimento Hamas — que deflagrou a brutal retaliação de Israel — matou 1.300 colonos, feriu 3.715 e capturou 150 reféns.
A campanha de resistência é, por sua vez, resposta legítima — conforme a lei internacional — ao cerco israelense imposto a Gaza desde 2006, quando o Hamas, como partido político, venceu as últimas eleições democráticas ao legislativo palestino.
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