Os ataques aéreos israelenses contra centros civis da Faixa de Gaza sitiada destruíram outras cinco mesquitas, totalizando 31 locais de culto alvejados pela ocupação desde 7 de outubro, reportou neste domingo (22) o Ministério de Recursos Religiosos do governo local.
No sábado, a pasta confirmou ainda ataques a outras localidades civis, como a sede do ministério, uma estação de rádio afiliada e uma igreja cristã. Dez funcionários da pasta faleceram devido aos bombardeios, muitos outros ficaram feridos.
Pelo 16° dia consecutivo, o exército da ocupação israelense alveja Gaza com ataques aéreos intensos, destruindo bairros inteiros.
A campanha de extermínio é retaliação à chamada Operação Tempestade de Al-Aqsa, ação de resistência do grupo Hamas que cruzou a cerca entre Gaza e Israel, tomando soldados e colonos como prisioneiros de guerra. Trata-se de punição coletiva e genocídio.
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Ao menos 4.651 palestinos foram mortos, incluindo ao menos 1.873 crianças e 1.023 mulheres, além de 14.245 feridos, segundo o Ministério da Saúde local. O número de desaparecidos sob os escombros — provavelmente mortos — é desconhecido.
No sábado (21), um único comboio humanitário entrou em Gaza a partir do Egito. Até então, foram três caminhões — contra cem remessas diárias antes da deflagração israelense. Israel mantém bombardeios a “zonas seguras”, impedindo a chegada de socorro urgente.
Gaza sofre uma crise humanitária severa — sem energia elétrica, água, comida, combustível e medicamentos. Ao promover o cerco absoluto a Gaza, o ministro da Defesa de Israel, Yoav Gallant, descreveu os 2.4 milhões de residentes palestinos como “animais”.
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