O general Ali Fadavi, vice-comandante da Guarda Revolucionária do Irã, alertou nesta segunda-feira (23) que seu país pode atacar a cidade portuária de Haifa, no território considerado Israel, caso as forças ocupantes invadam Gaza.
Segundo Fadavi, a resistência palestina tem autonomia e números suficientes no enclave mediterrâneo; contudo, caso se concretize uma invasão por terra, Teerã “lançará mísseis diretamente a Haifa”.
Na semana passada, declarou a Guarda Revolucionária: “Se não pararem os crimes de Israel contra a Faixa de Gaza, outra surpresa os espera … Os choques de resistência continuarão a abalar a ocupação sionista, até que este tumor desapareça do mapa”.
Nesta segunda, disse Fadavi: “Se os vilões deste mundo querem conduzir um ato tão tolo quanto invadir os territórios palestinos, sofrerão um humilhante fracasso e receberão em resposta medidas decisivas da frente de resistência”.
O general iraniano reiterou, contudo, que seu país não tem envolvimento com as recentes ações de resistência, tampouco arma os movimentos nacionais palestinos, dado que estes possuem capacidade própria de fabricação.
O Supremo Líder do Irã, Ali Khamenei, recentemente acusou Israel de “cometer genocídio contra a Faixa de Gaza diante dos olhos de todo o mundo”.
O massacre em Gaza é retaliação à chamada Operação Tempestade de Al-Aqsa, campanha de resistência do grupo Hamas, que atravessou a fronteira por terra e capturou soldados e colonos, em 7 de outubro.
A ação decorreu de recordes de escalada colonial em Jerusalém e na Cisjordânia ocupada, além de 17 anos de cerco militar a Gaza. Os ataques israelenses desde então equivalem a punição coletiva, genocídio e crime de guerra.
Ao menos 5.087 pessoas — entre os quais, 1.023 mulheres e 2.055 crianças — foram assassinadas por Israel até então, além de 15.273 feridos. Outros milhares continuam desaparecidos — provavelmente mortos — sob os escombros.
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