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Soldados israelenses em Gaza ostentam má conduta

Prisioneiro palestino morre nas cadeias de Israel duas semanas após ser preso

Omar Hamza Hassan Daraghmeh, prisioneiro palestino em detenção administrativa, morto na penitenciária israelense de Megiddo, em 23 de outubro de 2023 [Reprodução/Redes sociais]

Omar Hamza Hassan Daraghmeh, prisioneiro palestino em detenção administrativa, morreu aos 58 anos na penitenciária israelense de Megiddo, em circunstâncias suspeitas, confirmou o Centro de Informações Palestino.

Em nota conjunta, a Sociedade dos Prisioneiros Palestinos e a Autoridade de Assuntos dos Prisioneiros e Ex-prisioneiros reportaram que Israel deteve Daraghmeh, junto de seu filho, Hamza, em 9 de outubro, ao colocá-lo sob detenção administrativa — sem julgamento ou acusação pelo período de seis meses, renovado indefinidamente.

Uma audiência foi realizada sobre seu caso via videoconferência na manhã desta terça-feira (24), no Tribunal Militar de Ofer, com a presença de seu advogado, Ashraf Abu Sneineh, que perguntou sobre sua saúde e recebeu uma resposta positiva.

A declaração destacou que a narrativa israelense sobre o óbito é questionável. Além disso, responsabilizou as autoridades ocupantes pela morte, a começar pela prisão arbitrária de Daraghmeh sob pretexto de “documentos sigilosos”.

Prisioneiros políticos palestinos reportam abuso e tortura quase diariamente.

LEIA: Israel prende 1.265 palestinos na Cisjordânia desde 7 de outubro

Forças israelenses prenderam 50 palestinos durante incursões militares na madrugada desta terça-feira (24) na Cisjordânia ocupada, elevando o número de detidos desde 7 de outubro a 1.265 reféns, reportou o Clube dos Prisioneiros Palestinos — ong que monitora direitos civis nos territórios ocupados.

Além de campanhas de prisão em massa, Israel impôs duras restrições e penalidades aos palestinos já em custódia, como parte de esforços de punição coletiva e retaliação a uma ação de resistência que cruzou a fronteira e capturou cerca de 200 colonos e soldados.

“Penas foram impostas aos prisioneiros como vingança e tortura desde o início da escalada em 7 de outubro”, advertiu a Comissão de Assuntos dos Prisioneiros da Organização para a Libertação da Palestina (OLP), bloco nacional hegemônico na Autoridade Palestina.

Analistas acreditam que a campanha de prisão e repressão contra presos políticos serve para pressionar por uma troca de prisioneiros favorável, caso negociada. Há hoje cerca de seis mil palestinos nas cadeias da ocupação, incluindo centenas de mulheres e crianças.

LEIA: Quem vai parar o Holocausto de Gaza?

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