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Soldados israelenses em Gaza ostentam má conduta

Gaza se tornará ‘maior vala comum da história’ sem ajuda humanitária, alerta Egito

Escombros deixados pelos bombardeios israelenses ao campo de refugiados de Nuseirat, em Deir al-Balah, na Faixa de Gaza, em 23 de outubro de 2023 [Doaa Albaz/Agência Anadolu]

Dia Rashwan, diretor do Serviço de Informações do Estado do Egito, advertiu que a Faixa de Gaza sitiada se tornará a “maior vala comum da história” se Israel não permitir a entrada de ajuda humanitária aos 2.4 milhões de habitantes palestinos.

Em coletiva de imprensa, Rashwan corroborou que um total de 457 toneladas de remédios e suprimentos médicos, além de 251 toneladas de alimentos e 87 toneladas de água entraram em Gaza até então. Foram 54 caminhões desde sábado.

O volume, contudo, ainda é insuficiente. Segundo a Organização das Nações Unidas (ONU), são necessários ao menos cem caminhões diários para conter a catástrofe humanitária em curso.

Conforme Rashwan, o aeroporto de al-Arish recebeu 39 aviões com assistência até então — o último, proveniente do Quênia.

Rashwan pediu para que sejam estabelecidos mecanismos com organizações internacionais relevantes para garantir o fluxo assistencial, de modo que a questão não pode depender de negociações com Israel.

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Rashwan também criticou o viés racista da imprensa ocidental ao cobrir o genocídio perpetrado por Israel em Gaza, ao desumanizar os palestinos.

O massacre em curso na Faixa de Gaza é retaliação à chamada Operação Tempestade de Al-Aqsa, ação de resistência do grupo Hamas que cruzou a fronteira por terra e capturou colonos e soldados, em 7 de outubro deste ano.

A ação decorreu de recordes de escalada colonial em Jerusalém e na Cisjordânia ocupada, além de 17 anos de cerco militar a Gaza. Os ataques israelenses desde então equivalem a punição coletiva, genocídio e crime de guerra.

Ao promover o cerco absoluto a Gaza — sem luz, sem água, sem comida —, o ministro da Defesa de Israel, Yoav Gallant, descreveu os palestinos como “animais”.

Ao menos 5.791 pessoas — dentre as quais, mais de duas mil crianças — foram mortas por Israel até então, além de mais de 15 mil feridos. Outros milhares continuam desaparecidos — provavelmente mortos — sob os escombros.

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