Um oficial egípcio negou “alegações ocidentais” sobre o emprego de tropas britânicas ao longo da fronteira entre a nação norte-africana e a Faixa de Gaza sitiada. Segundo a rede local CNC (Cairo News Company), uma fonte anônima rechaçou os relatos como “falsos e infundados”.
Apesar de alertas de grupos de direitos humanos e fóruns globais sobre atos de genocídio por parte de Israel, em detrimento da lei internacional Estados Unidos, Reino Unido, Alemanha, entre outros, mantém seu “apoio incondicional” ao Estado de apartheid.
A região vive tensões, à medida que Israel pressiona pela transferência compulsória dos 2.4 milhões de palestinos de Gaza ao deserto do Sinai. O Egito recusa o plano, apreensivo sobre consequências socioeconômicas.
O Egito assumiu um papel ativo em negociar acesso humanitário aos palestinos, obter a soltura dos prisioneiros de guerra em Gaza e buscar um cessar-fogo. Sua proximidade à escalada, no entanto, impõe riscos — assim como a Líbano, Síria e Jordânia.
O massacre em curso na Faixa de Gaza é retaliação à chamada Operação Tempestade de Al-Aqsa, ação de resistência do grupo Hamas que cruzou a fronteira por terra e capturou colonos e soldados, em 7 de outubro deste ano.
A ação decorreu de recordes de escalada colonial em Jerusalém e na Cisjordânia ocupada, além de 17 anos de cerco militar a Gaza. Os ataques israelenses desde então equivalem a punição coletiva, genocídio e crime de guerra.
Ao promover o cerco absoluto a Gaza — sem luz, sem água, sem comida —, o ministro da Defesa de Israel, Yoav Gallant, descreveu os palestinos como “animais”.
Ao menos 7.326 pessoas — dentre as quais, quase três mil crianças — foram mortas por Israel até então, além de mais de 18 mil feridos. Outros milhares estão desaparecidos — provavelmente mortos — sob os escombros.
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