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Soldados israelenses em Gaza ostentam má conduta

Israel arrisca isolamento internacional, alerta União Europeia

Presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, durante sessão do parlamento em Bruxelas, capital da Bélgica, em 8 de novembro de 2023 [Dursun Aydemir/Agência Anadolu]

O presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, alertou nesta quinta-feira (9) que Israel arrisca se tornar uma nação isolada, caso insista em infringir as normas da lei internacional, em meio a sua ofensiva em curso da Faixa de Gaza.

“Todos aconselhamos Israel a ponderar sobre as provisões da lei internacional ao se defender [sic]”, observou Michel, ao medir palavras.

Em tese, a lei internacional não é uma recomendação ou conselho, mas sim obrigação de todos os Estados e organizações, mesmo aqueles que se recusam a assinar seus tratados fundamentais — como é o caso de Israel.

“Israel pode não se importar com o isolamento da comunidade internacional até certo ponto, porém é importante que olhem essas regras com alguma cautela”, prosseguiu o político europeu, sob pressão interna e da conjuntura.

Michel admitiu que impor um cerco absoluto a Gaza — sem comida, água, energia elétrica, remédios ou combustível — é uma infração da lei internacional e que a segurança dos civis deve ser prioridade.

Michel insistiu na chamada solução de dois Estados como consenso internacional à questão palestina, apesar dos contínuos esforços expansionistas de Israel, incluindo expropriação de terras na Cisjordânia e declarações que confirmam a intenção de anexar Gaza.

LEIA: Rota escolhida por Israel não levará à paz, alerta chefe da UNRWA

O político alegou que a proposta para uma solução pacífica ainda é foco da União Europeia, apesar de muitos membros persistirem em seu suporte diplomático, midiático e material a Israel, ao exportar armas às forças ocupantes e mesmo proibir manifestações pró-Palestina.

O presidente do Conselho Europeu afirmou que o bloco deve organizar uma conferência internacional para discutir a questão nas próximas semanas.

Neste entremeio, porém, Israel mantém bombardeios ininterruptos a Gaza, desde 7 de outubro, deixando 10.812 mortos até então, incluindo 4.412 crianças e 2.916 mulheres, além de ao menos 26.475 feridos.

Milhares estão desaparecidos sob os escombros.

As ações israelenses são punição coletiva, crime de guerra e genocídio.

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