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Soldados israelenses em Gaza ostentam má conduta

Resistência palestina é vista como ‘heroica’ no mundo, admite jornal israelense

Protesto em solidariedade ao povo palestino em Gaza, sob bombardeios de Israel, em Bruxelas, capital da Bélgica, em 11 de novembro de 2023 [Dursun Aydemir/Agência Anadolu]

O jornal israelense Yedioth Ahronoth alertou para a crescente popularidade da resistência palestina ao redor do mundo, com combatentes vistos como “heróis populares”, ao passo que Israel é denunciado por seus crimes de terrorismo de Estado.

Apesar das políticas de Estado de limpeza étnica e colonização, o editorial culpou o governo israelense do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu pela crise de relações públicas. A nota confirma embates domésticos sobre a abordagem em Gaza.

“Apesar das perdas adicionais a suas tropas, o exército israelense obtém bons resultados em seu ataque contra a Faixa de Gaza, embora, ao mesmo tempo, haja um revés na diplomacia”, alegou o periódico em hebraico.

“É impossível ignorar o que vem se tornando, cada vez mais, um dos maiores pesadelos políticos de nossa história, dado que a maior parte do mundo nos vê, israelenses, como terroristas, enquanto enxerga Yahya Sinwar e seus colegas da liderança do Hamas como combatentes da liberdade”,

acrescentou.

O jornal lamentou que o grupo Hamas esteja recebendo saudações globais, muito além do chamado mundo árabe, até mesmo entre a opinião pública dos Estados Unidos e do Reino Unido, cujos governos expressaram apoio incondicional a Israel.

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“Nos dias que precederam a invasão por terra, vozes se ergueram contra tais ações dentro de Gaza. Parece que o medo de uma operação similar àquela que transcorreu na Segunda Guerra do Líbano, que levou a duras perdas e poucas conquistas militares ou diplomáticas, levou muitas a vozes a se erguerem, da direita e da esquerda, para evitarmos tais passos”.

Nas últimas cinco semanas, protestos massivos tomaram cidades de todo o mundo, contra o genocídio israelense em Gaza, ao reivindicar um cessar-fogo. Grupos de judeus antissionistas se tornaram centrais em cidades como Londres e Nova York.

Israel mantém bombardeios contínuos contra Gaza desde 7 de outubro, em retaliação a uma operação de resistência do movimento Hamas que atravessou a fronteira e capturou colonos e soldados.

São 11.240 palestinos mortos até então, dentre os quais 4.630 crianças e 3.130 mulheres, além de quase 30 mil feridos. Milhares estão desaparecidos sob os escombros.

As ações israelenses são punição coletiva, crime de guerra e genocídio.

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