O exército israelense usou gás lacrimogêneo para reprimir palestinos que se reuniam em frente à penitenciária de Ofer, na Cisjordânia ocupada, à espera da soltura de seus entes queridos, à medida que se implementa um acordo de troca de prisioneiros entre Israel e Hamas. O incidente ocorreu logo na manhã desta sexta-feira (24).
Centenas de palestinos se reuniram em frente ao centro carcerário, a oeste de Ramallah, quando foram alvejados com gás lacrimogêneo e bombas de efeito moral, confirmou um correspondente em campo da agência de notícias Anadolu.
Palestinos reagiram ao atirar pedras contra os soldados ocupantes. Dezenas de pessoas sofreram sintomas de asfixia.
Treze israelenses mantidos em Gaza devem ser libertados nesta sexta-feira, ao atravessar a travessia de Rafah entre o enclave sitiado e o Egito. Em troca, Tel Aviv se comprometeu em liberar 39 palestinos, dos quais 15 crianças e 24 mulheres.
Os prisioneiros serão libertados em lotes no decorrer de quatro dias — todos mulheres e crianças. Israel estima que há 239 de seus colonos e soldados em custódia do Hamas em Gaza, após a ação transfronteiriça de 7 de outubro.
Em contraste, o número de prisioneiros palestinos nas cadeias da ocupação dobrou em 45 dias, chegando a dez mil pessoas — a ampla maioria, sem julgamento ou sequer acusação; reféns, por definição.
Desde 7 de outubro, Israel mantém bombardeios intensos contra Gaza, deixando 14.854 mortos, incluindo 6.150 crianças e mais de quatro mil mulheres, além de mais de 36 mil feridos — cerca de 75% dos quais, crianças e mulheres.
Cerca de sete mil pessoas estão desaparecidas sob os destroços — entre as quais, ao menos 4.700 crianças —, provavelmente mortas.
As ações israelenses são punição coletiva, crime de guerra e genocídio.
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