Declaração de Martin Griffiths, Subsecretário-Geral para Assuntos Humanitários e Coordenador de Ajuda de Emergência, sobre Gaza:
Nova York, 1º de dezembro de 2023
A semana passada nos ofereceu um vislumbre do que pode acontecer quando as armas se calam.
A situação em Khan Younis hoje é um lembrete chocante do que acontece quando elas não se calam.
Nos últimos sete dias, reféns foram libertados, famílias foram reunidas e mais pacientes receberam atendimento médico.
O volume de ajuda para Gaza e através dela aumentou. E, embora mal tenha arranhado a superfície do que as pessoas precisam, ainda permitiu que as agências de ajuda fornecessem alguns suprimentos básicos, chegassem a áreas que estavam isoladas há semanas e oferecessem algum alívio a famílias profundamente traumatizadas.
Hoje, em questão de horas, dezenas de pessoas foram mortas e feridas. As famílias foram instruídas a evacuar novamente. As esperanças foram frustradas.
Quase dois meses depois do início dos combates, as crianças, as mulheres e os homens de
Gaza estão todos apavorados. Eles não têm nenhum lugar seguro para ir e muito pouco para sobreviver. Eles vivem cercados por doenças, destruição e morte.
Isso é inaceitável.
Precisamos manter – e aproveitar – o progresso no fornecimento de ajuda.
Precisamos proteger os civis e a infraestrutura de suporte à vida da qual eles dependem.
Precisamos que os reféns restantes sejam libertados imediata e incondicionalmente.
Precisamos de um cessar-fogo humanitário.
Precisamos que os combates parem.
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