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Soldados israelenses em Gaza ostentam má conduta

Mais de oito mil pessoas em Gaza precisam de evacuação médica, alerta OMS

Palestinos feridos são levados ao Hospital dos Mártires de Al-Aqsa, após ataques israelenses a Deir al-Balah, na Faixa de Gaza, em 26 de janeiro de 2024 [Ashraf Amra/Agência Anadolu]

Ao menos oito mil palestinos em Gaza precisam de evacuação médica, alertou nesta sexta-feira (2) a Organização Mundial da Saúde (OMS). A vasta maioria demanda cuidados para ferimentos oriundos dos bombardeios de Israel.

“Encaminhamentos médicos de feridos e doentes em estado crítico para fora de Gaza ainda são urgentes e insuficientes”, confirmou Richard Peeperkorn, representante da OMS nos territórios ocupados. “É fundamental a transferência ordeira, segura e sustentável de pacientes ao Egito e, possivelmente, do Egito a outras localidades”.

Durante videoconferência realizada a partir de Genebra, sede da OMS, Peeperkorn reiterou que seis mil dos pacientes que demandam evacuação médica foram feridos pelos ataques de Israel; os outros dois mil possuem outras condições que exigem cuidados urgentes.

Desde o início da campanha genocida de Israel, um total de 1.243 pacientes —790 feridos e 445 doentes —, junto de 1.025 acompanhantes, foram escoltados ao exterior via Rafah, na fronteira entre Gaza e Egito.

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“Diversos países, incluindo o Egito, se ofereceram a receber pacientes, mas não há um sistema funcional em vigor para os encaminhamentos”, lamentou Peeperkorn. “O acesso de pacientes e parceiros de saúde para reabastecer os hospitais ainda é um imenso desafio”.

Sobre as missões da OMS ao norte de Gaza, o emissário observou que, até 15 de janeiro, havia planos, porém somente três foram viabilizadas. Segundo o relato, quatro missões se depararam com “rotas intransponíveis”, uma foi adiada e outras oito foram negadas pelas forças ocupantes.

Sobre as missões ao sul, das 11 missões planejadas, quatro foram viabilizadas, duas proteladas e duas impedidas, devido à “abertura tardia de checkpoints e atrasos abusivos”. Ao menos outras três missões foram indeferidas por Israel.

“A falta de garantias de segurança e corredores humanitários em Gaza torna cada vez mais difícil realizar operações de maneira rápida”, destacou Peeperkorn. “A falta de acesso sustentável aos hospitais têm potencial, de fato, para desmantelar todo o sistema de saúde”.

Israel mantém ataques a Gaza desde 7 de outubro, deixando 26.900 mortos e 65.949 feridos — em grande maioria mulheres e crianças. Mais de 85% da população de Gaza — dois milhões de pessoas — foi deslocada à força.

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Escolas, hospitais, abrigos e mesmo rotas de fuga não foram poupados pelos bombardeios.

A ocupação mantém ainda um cerco militar absoluto contra Gaza desde então, sem luz, comida ou água. Ao promover sua campanha, o ministro da Defesa israelense, Yoav Gallant, descreveu os palestinos de Gaza como “animais humanos”.

As ações israelenses são punição coletiva, crime de guerra e genocídio.

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