Um vídeo postado nas redes sociais por um soldado israelense causou indignação por registrá-lo interrogando sob tortura um palestino de Gaza — despido, algemado e com um claro ferimento na perna.
Yossi Gamzu compartilhou o vídeo em suas páginas pessoais, demonstrando crime de tortura.
Usuários online reiteraram que o comportamento do soldado contradiz a propaganda de guerra israelense de possuir o “exército mais moral do mundo”, ao ele próprio produzir flagrantes de crimes de guerra e lesa-humanidade.
O mesmo oficial é responsável por compartilhar diversos vídeos da prisão de diversos homens, mulheres e crianças despidos, vendados e algemados durante as operações em Gaza. As ações do soldado corroboram as denúncias de desumanização do povo palestino por parte de Israel, a fim de incorrer no crime de genocídio.
Trata-se do exemplo mais recente de brutalidade israelense em um momento no qual Stephane Dujarric, porta-voz das Nações Unidas, alerta que o Estado ocupante mantém bloqueio sobre o acesso humanitário ao norte de Gaza.
“Em todo mês de janeiro, somente dez das 61 missões humanitárias planejadas para o norte de Gaza foram viabilizadas pelas autoridades de Israel”, relatou Dujarric em coletiva de imprensa. Segundo o alerta, o acesso a hospitais e instalações que dependem de água e serviços sanitários permanece indeferido.
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Relatos apontam que os palestinos ainda presentes no norte de Gaza — região devastada pela primeira fase da ofensiva por ar e terra — vivem crise de fome, recorrendo a ração animal para alimentar suas crianças.
Desde 22 de janeiro, o exército israelense realiza intensos bombardeios a Khan Yunis, incluindo nos arredores dos hospitais, além de uma invasão por terra no sul e oeste da cidade — milhares foram deslocadas, muitas delas pela segunda ou terceira vez em 120 dias.
Israel mantém ataques a Gaza desde 7 de outubro, deixando 26 mil mortos e 65 mil feridos.
As ações israelenses são crime de guerra e genocídio.