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Soldados israelenses em Gaza ostentam má conduta

Carnaval 2024 é marcado por manifestações de solidariedade à Palestina

Bloco Acorda Peão homegeou a Palestina a Palestina nas ruas de São José dos Campos [sindmetalsjc]

Manifestações de solidariedade ao povo palestino marcaram as festividades de rua do Carnaval deste ano, celebrado entre 9 e 13 de fevereiro, ao reforçar o caráter anticolonial do tradicional feriado brasileiro, no contexto dos ataques da ocupação israelense contra a população nativa da Faixa de Gaza sitiada.

Blocos de Carnaval em várias cidades do país foram tomados por bandeiras palestinas e cantos de “Palestina livre”, incluindo eventos realizados por coletivos progressistas e outras expressões orgânicas de apoio popular.

Na cidade de São Paulo, parte da programação estendida de Carnaval, entre quinta-feira (8) e domingo (18), foi realizada em parceria com o restaurante e centro cultural Al Janiah, na região do Bixiga, incluindo o Bloco do Fuá, fundado em 2013, com cortejo na tarde de domingo (11) e matinê na casa palestina.

A Frente em Defesa do Povo Palestino esteve presente, deixando aos foliões um convite a somar a causa palestina a outras lutas por liberdade, justiça e democracia. Em um manifesto publicado nas redes sociais, declarou a entidade:

Carnaval é a festa de celebração da vida. Movidos por esse compromisso, no compasso dos tambores, nas ruas, nos salões e nas arquibancadas, com alegria esperançosa, convidamos brincantes, foliões e carnavalescos de todo o País a levantarem conosco o estandarte “Carnaval da Solidariedade e da Resistência: Palestina livre!”.

Na rua Augusta, na sexta-feira (9), o Bloco da Banda do Trem Elétrico, fundado por metroviários, celebrou seus 40 anos com forte presença de bandeiras palestinas.

Na Barra Funda, bandeiras palestinas flamularam sobre uma multidão de amarelo do Bloco 77, influenciado pelo punk rock, que toca clássicos do gênero ao tom de marchinha.

Na tarde de sábado (10), no interior de São Paulo, cerca de 800 pessoas participaram do Bloco Acorda Peão, realizado pelo Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos e movimentos sociais. As ruas foram tomadas por cores palestinas, com camisas temáticas, bandeiras e lenços tradicionais (keffiyeh), cantando o samba-enredo “Palestina livre”.

O carro abre-alas representou um hospital bombardeado pelas forças de Israel, ao construir um paralelo com a violência enfrentada pela população de Gaza.

“O Acorda Peão une tradição, protesto e irreverência, em São José dos Campos. É o Carnaval com consciência de classe e muita diversão. Toda a população está convidada”, afirmou o secretário-geral do Sindicato e um dos organizadores do bloco, Renato Almeida.

As ruas de Belo Horizonte, em Minas Gerais, também contaram com as cores palestinas, durante o cortejo do Bloco da Esquina.

Em Teresina, Piauí, o Bloco Só Fuxico emitiu um chamado aberto à solidariedade palestina.

Em Salvador, no estado da Bahia, o Bloco Filhos e Filhas e Marx reuniu o tradicional Estandarte do Velho Mouro com bandeiras palestinas.

Foliões também levaram símbolos da resistência palestina às festas de rua no Rio de Janeiro, no Bloco das Carmelitas, com 34 anos de história, em Santa Teresa, e no Bloco Amigos da Onça, no Aterro do Flamengo.

A Frente em Defesa do Povo Palestino chamou solidariedade em vários blocos de todo o país, como Sô Fia da Vida, Unidos da Madrugada, Ho Chi Minh que Nóis Num Prestes, Acadêmicos da Ursal (São Paulo), Maria Sapatão (Guarulhos), entre outros.

As ações antecipam um Dia de Solidariedade Internacional ao povo palestino em Gaza, com manifestações em todo o mundo, no próximo sábado, 17 de fevereiro. Em São Paulo, capital, o ato será às 14 horas, com concentração na Praça Oswaldo Cruz.

Israel mantém ataques a Gaza desde 7 de outubro, deixando 28 mil mortos e 68 mil feridos, em maioria mulheres e crianças, além de dois milhões de desabrigados.

As ações israelenses são crime de guerra e genocídio.

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