A Jordânia alertou no domingo que a continuação da guerra israelense na Faixa de Gaza durante o mês de jejum muçulmano do Ramadã pode causar uma expansão do conflito na região, informou a Agência Anadolu.
O Ramadã, o mês mais sagrado do calendário islâmico, está programado para começar em 11 de março.
“A continuação da agressão nessas circunstâncias, com a aproximação do Ramadã, colocará toda a região sob o risco de uma explosão”, disse o ministro das Relações Exteriores, Ayman Safadi, em uma coletiva de imprensa conjunta em Amã com sua colega búlgara Mariya Gabriel.
“A cada dia que passa, com a guerra não cessando, aumenta o risco de explosão e aumenta o número de vítimas”, acrescentou.
A ministra das Relações Exteriores da Bulgária, por sua vez, expressou preocupação com as condições humanitárias na Faixa de Gaza.
“A Jordânia provou ser um pacificador na região e nós apoiamos seus esforços”, disse ela.
A guerra israelense em Gaza levou 85% da população do território ao deslocamento interno em meio à escassez aguda de alimentos, água potável e medicamentos, enquanto 60% da infraestrutura do enclave foi danificada ou destruída, de acordo com a ONU.
Israel é acusado de genocídio na Corte Internacional de Justiça. Uma decisão provisória em janeiro ordenou que Tel Aviv parasse com os atos genocidas e tomasse medidas para garantir que a assistência humanitária fosse fornecida aos civis em Gaza.