O presidente do Egito, Abdel Fattah el-Sisi, afirmou neste sábado (9) que a reconstrução da Faixa de Gaza, adjacente a seu país, deve requerer cerca de US$90 bilhões, após cinco meses de agressão israelense ainda em curso, segundo informações da agência Anadolu.
Durante discurso realizado no Centro de Convenção do Cairo, Sisi confirmou ter solicitado o valor às instituições relevantes, ao descrever “os eventos em Gaza [como] um desafio ao Egito e a toda a região”.
Sisi insistiu que a travessia de Rafah, entre Gaza e Egito, permanece aberta “24 horas por dia”, ao reivindicar esforços para levar assistência em Gaza.
Sisi justificou o lançamento aéreo de assistência à Gaza pelas “dificuldades enfrentadas nos envios por terra”. Egito e Emirados Árabes Unidos realizaram a quinta missão aérea para lançar assistência a Gaza, nesta sexta-feira (8), segundo a rede emiradense WAM.
LEIA: Processo movido pela África do Sul representa uma incrível mudança na ordem global imperial
As remessas por ar são descritas como insuficientes e degradantes às famílias carentes, em particular, após os lançamentos resultarem em cinco civis mortos por acidente.
Há mais de uma semana, após iniciativa dos Estados Unidos, países árabes — sobretudo Egito, Emirados, Jordânia, Catar, Omã e Bahrein — realizam lançamentos aéreos de pacotes assistenciais a Gaza.
Israel mantém ataques indiscriminados a Gaza desde 7 de outubro, deixando 30.900 mortos, 72.500 feridos e dois milhões de desabrigados.
Vinte e três crianças morreram de fome nas últimas semanas.
Apesar de uma medida cautelar deferida pelo Tribunal Internacional de Justiça (TIJ), sediado em Haia, Israel mantém seu cerco absoluto a Gaza — sem comida, água, combustível ou medicamentos.
Ao promover sua campanha, o ministro da Defesa de Israel, Yoav Gallant, descreveu os 2.4 milhões de palestinos de Gaza como “animais humanos”
As ações israelenses são punição coletiva, crime de guerra e genocídio.