A Promotoria Pública do Egito incumbiu três forças-tarefa de diferentes ministérios para investigar um incêndio de larga escala que tomou e destruiu o Estúdio Al-Ahram, no distrito de Gizé, na cidade do Cairo, no último sábado (16).
O estúdio octogenário, conhecido como “Hollywood do Nilo”, era um dos mais prestigiados centros de produção cinematográfica do chamado mundo árabe, além de um dos mais antigos do mundo ainda em atividade.
Fundado em 1944, o estúdio ocupava uma área de 27 m², com três galpões, uma sala de exibição e um centro de montagem, servindo como referência do mercado audiovisual no Egito.
Segundo o jornal Al-Ahram, o incêndio durou seis horas, deflagrado horas após a filmagem de uma série de televisão desenvolvida para celebrar o mês islâmico do Ramadã. O incêndio atingiu nove prédios vizinhos, incluindo 46 unidades residenciais.
Dezenove apartamentos foram totalmente destruídos.
O primeiro-ministro Mostafa Madbouly e o ministro da Cultura, Nevine el-Kilany, visitaram o local para avaliar a extensão das perdas e danos não apenas no estúdio, como em seus arredores. Madbouly prometeu que o Estado cobrirá os reparos.
Segundo el-Kilany, o incêndio causou danos extensos a “decorações, peças de madeira, cenários, estúdios de fotografia e corredores”. Contudo, conforme seu relato, as chamas tiveram início longe dos galpões ou dos prédios históricos.
Madbouly prometeu ainda assistência financeira de US$300 mil às famílias afetadas.
Não há confirmação de mortes, mas diversos feridos foram transferidos a centros médicos, segundo a imprensa estatal.
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