Um processo registrado pela ong al-Haq, sediada na Cisjordânia, busca impedir a exportação de armas britânicas a Israel, devido a violações da lei internacional em Gaza. Nesta terça-feira (23), a Alta Corte de Londres marcou as primeiras audiências para outubro.
Segundo informações da agência Reuters, a al-Haq assumiu medidas legais contra as licenças de venda de armas e equipamentos militares a Israel. Casos similares foram registrados no Canadá e na Dinamarca.
A al-Haq aponta risco notório de que os armamentos britânicos sejam utilizados para violar a lei internacional, de modo que suas exportações são ilegais.
O governo britânico alegou nas audiências preliminares que seus protocolos de averiguação das eventuais violações são “robustos e detalhados”.
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James Eadie, advogado do Departamento de Negócios e Comércio, reportou casos semelhantes registrados pela Campanha Contra o Comércio de Armas contra a guerra saudita no Iêmen.
O primeiro-ministro britânico, Rishi Sunak, sofre pressão e protestos de massa para revogar as licenças de exportação de armas a Israel, em meio ao genocídio em Gaza, que matou até então 34 mil palestinos e feriu outras 76 mil pessoas.
Victoria Wakefield, advogada da al-Haq, instou à Alta Corte de Londres a adiantar a data, dada a “situação desesperadora em campo na Faixa de Gaza”.
O grupo admitiu que a data provável é outubro, sob alegações do governo de exigir tempo para examinar informações potencialmente sensíveis.
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Neste mês, o ministro de Relações Exteriores, David Cameron, prometeu não suspender a venda de armas a Israel, sob uma consulta encomendada de sua equipe legal.
As ações israelenses em Gaza são crime de guerra e genocídio.