Ativistas organizaram protestos contra o genocídio israelense na Faixa de Gaza em frente a lojas da corporação de fast food McDonald’s em diversas cidades da Holanda.
No centro de Roterdã, manifestantes se reuniram neste domingo (28) em frente a uma sucursal da empresa com cartazes contrários à ocupação israelense. Os ativistas ergueram bandeiras da Palestina na fachada da loja, além de instalar adesivos com os dizeres “O McDonald’s alimenta o genocídio”, “Você quer fritas extra com seu genocídio?” e “Gaza sob ataque”.
Os manifestantes também distribuíram folhetos a transeuntes, para conscientizar o público dos massacres perpetrados em Gaza.
Palavras de ordem incluíram “Palestina livre”, “Basta de genocídio”, “Netanyahu terrorista” e “O McDonald’s paga, Israel bombardeia”.
LEIA: McDonald’s comprará de volta franquia israelense após boicote global
A corporação americana é alvo do chamado por Boicote, Desinvestimento e Sanções (BDS), por enviar refeições aos soldados israelenses responsáveis pelas violações em Gaza. A companhia já registrou perdas históricas nos últimos seis meses, assim como outras marcas ligadas ao Estado de apartheid, como Starbucks — cujas ações declinaram em US$11 bilhões.
Supermercados da rede Carrefour também foram alvos de protestos na França, sob palavras de ordem como “Israel criminoso, Carrefour cúmplice”. Em outubro, a franquia israelense da marca anunciou o fornecimento de rações alimentares aos soldados em Gaza.
No Brasil, lojas da rede Carrefour são marcadas por casos endêmicos de racismo e violência.
Outra rede de fast food americana, a KFC (Kentucky Fried Chicken) se viu forçada a fechar mais de cem unidades em todo o mundo, segundo informações da agência Anadolu. Suas operações foram reduzidas na Malásia e Argélia.
Em fevereiro, a corporação britânica Unilever — fabricante do sabonete Dove, do caldo Knorr e do sorvete Ben & Jerry’s — confirmou que seu crescimento no Sudeste Asiático foi afetado pela campanha de boicote, sobretudo na Indonésia.
LEIA: Campanha pede exclusão de Israel das Olimpíadas de Paris de 2024
Neste mesmo contexto, em dezembro, a fabricante esportiva Puma decidiu encerrar o contrato de patrocínio com a seleção nacional de futebol israelense.
Israel mantém ataques indiscriminados a Gaza desde 7 de outubro, deixando 34.448 mortos e 77.643 feridos, além de dois milhões de desabrigados, até então. Entre as fatalidades, cerca de 14 mil são crianças.
Oito mil pessoas estão desaparecidas — provavelmente mortas sob os escombros.
Apesar de uma ordem do Tribunal Internacional de Justiça (TIJ), radicado em Haia, deferida em 26 de janeiro, Israel ainda impõe um cerco militar absoluto a Gaza — sem comida, água, energia elétrica, medicamentos ou combustível.
As ações israelenses são punição coletiva, crime de guerra e genocídio.