Israel destruiu cerca de 75% das fontes de água da Cidade de Gaza, reportou a prefeitura neste domingo (28), ao reiterar a necessidade de melhor acesso a recursos fundamentais no território sitiado, sobretudo à medida que aumentam as temperaturas no fim da primavera.
Desde a deflagração do genocídio israelense, reiterou a nota, forças da ocupação monitoram e obstruem o acesso de residentes ao mar, em particular para pesca — componente essencial da economia e da subsistência do enclave mediterrâneo.
O comunicado pediu à comunidade internacional que intervenha para salvar as cidades de Gaza de desastres ainda maiores.
Segundo os oficiais, o aumento nas temperaturas deve levar ao agravamento da crise sanitária e ambiental que assola os palestinos, especialmente em meio ao acúmulo de cem toneladas de resíduos — inclusive explosivos — nas ruas, além da destruição ativa das redes de saneamento.
Gaza sofre sucessivas epidemias, incluindo cólera, difteria, hepatite e meningite devido às ações de Israel contra a infraestrutura civil, incluindo hospitais.
Israel mantém ataques indiscriminados a Gaza desde 7 de outubro, deixando 34.448 mortos e 77.643 feridos, além de dois milhões de desabrigados, até então. Entre as fatalidades, cerca de 14 mil são crianças.
Oito mil pessoas estão desaparecidas — provavelmente mortas sob os escombros.
Apesar de uma ordem do Tribunal Internacional de Justiça (TIJ), radicado em Haia, deferida em 26 de janeiro, Israel ainda impõe um cerco militar absoluto a Gaza — sem comida, água, energia elétrica, medicamentos ou combustível.
As ações israelenses são punição coletiva, crime de guerra e genocídio.
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