A mídia egípcia informou, na noite de terça-feira, que “as negociações sobre o cessar-fogo na Faixa de Gaza serão concluídas entre todas as partes” no Cairo na quarta-feira.

Isso foi relatado pelo canal de notícias Al-Qahera, que citou uma fonte anônima de alto escalão, um dia depois que o Hamas aceitou uma proposta egípcia e do Catar para um cessar-fogo em Gaza, que Israel rejeitou antes de enviar sua delegação para conversações no Cairo na terça-feira.

Em um discurso televisionado na noite de terça-feira, o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, reiterou a rejeição de Tel Aviv ao cessar-fogo e à proposta de troca de prisioneiros que o Hamas aceitou na segunda-feira, enfatizando que Israel prosseguirá com a operação militar terrestre na cidade de Rafah, no sul da Faixa de Gaza.

Na manhã de terça-feira, o exército israelense assumiu o controle do lado palestino da travessia terrestre de Rafah entre Gaza e o Egito, que é o principal corredor para a ajuda humanitária, fazendo com que ela fosse fechada em ambas as direções.

O noticiário Al-Qahera disse que a fonte de alto nível explicou que “as negociações entre todas as partes continuarão no Cairo amanhã (quarta-feira)”.

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A mesma fonte acrescentou. “Informamos Israel sobre o perigo da escalada (em Rafah)”, acrescentando: “O Egito está pronto para lidar com todos os cenários”.

O noticiário Al-Qahera citou anteriormente uma fonte de alto nível, que também permaneceu anônima, que disse: “Houve um acordo entre todas as partes para retornar ao caminho das negociações (em relação ao acordo de trégua na Faixa de Gaza)”.

O mesmo canal informou, no início da noite de terça-feira, que “as negociações sobre a trégua em Gaza estão sendo realizadas na presença de delegações de Doha, Washington e Hamas, além da delegação de segurança egípcia”.

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No início da terça-feira, a delegação de negociação israelense chegou ao Cairo, em meio a manifestações em frente ao Ministério da Defesa em Tel Aviv, exigindo que lhe fossem concedidos mais poderes para chegar a um acordo de troca de prisioneiros com as facções palestinas na Faixa de Gaza.

Sob a mediação do Catar, do Egito e dos EUA, as facções palestinas em Gaza e Israel vêm conduzindo negociações indiretas fracassadas há meses, para chegar a um acordo de troca de prisioneiros e interromper a guerra em Gaza, que eclodiu em 7 de outubro de 2023.

A guerra israelense em Gaza, que entrou em seu oitavo mês, deixou cerca de 113.000 mortos e feridos, a maioria crianças e mulheres, o que exigiu que Tel Aviv se apresentasse ao Tribunal Internacional de Justiça sob a acusação de genocídio.

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