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Soldados israelenses em Gaza ostentam má conduta

Hospital de Gaza recebe 70 mortos e 300 feridos em 24 horas, sob ataques de Israel

Palestinos feridos por ataques israelenses chegam ao Hospital dos Mártires de Al-Aqsa, em Deir al-Balah, na Faixa de Gaza, em 2 de junho de 2024 [Ashraf Amra/Agência Anadolu]

Ao menos 70 palestinos mortos e 300 feridos — na maioria mulheres e crianças — chegaram ao Hospital de Al-Aqsa, em Deir al-Balah, na Faixa de Gaza, nesta terça-feira (4), após bombardeios de Israel no centro do território sitiado, confirmou a ong Médicos Sem Fronteiras (MSF).

As baixas sucedem uma nova escalada nas últimas 48 horas, com aumento nas mortes civis.

Segundo a organização, a situação em campo é “apocalíptica”, à medida que Israel mantem seus ataques junto ao fechamento da travessia de Rafah, na fronteira com o Egito, levando o sistema de saúde efetivamente ao colapso.

“O cheiro de sangue no pronto-socorro do hospital nesta amanhã era insuportável”, disse Karin Huster, membro da ong. “Há pessoas jogadas por toda a parte, no chão, do lado de fora. Corpos são trazidos em sacos plásticos. A situação é insuportável”.

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As equipes do Hospital de Al-Aqsa — uma das últimas instalações de saúde ainda operantes no centro do enclave — enfrentam um enorme influxo de pacientes, incluindo queimaduras graves, traumas por estilhaços, fraturas, amputações e outros.

A MSF reafirmou que os incidentes de morticínio em massa são “inaceitáveis” e que o “horrível impacto” à população civil mostra absoluto desdém das forças ocupantes sobre a vida humana em Gaza. “Esta catástrofe — produzida pelo homem — precisa parar”, reiterou a ong.

Israel mantém ataques indiscriminados a Gaza há quase nove meses, deixando ao menos 36 mil mortos, 82 mil feridos e dois milhões de desabrigados.

As ações israelenses são punição coletiva, crime de guerra e genocídio.

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