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Soldados israelenses em Gaza ostentam má conduta

O massacre de Biden em Gaza

Israel massacra Nuseirat e Deir al-Balah e mata mais de 210, a maioria mulheres e crianças, como plano para resgatar 4 reféns. [Ali Jadallah/Agência Anadolu]

As meias palavras e o nome de um monstro que é financiado para ser ‘’o” monstro incontrolável, aquele que aguenta e ri da pancadaria internacional enquanto continua tocando seu genocídio, apenas disfarçam, mal e porcamente, o controle dos Estados Unidos sobre a guerra em Gaza, com apoio de aliados europeus – Reino Unido, França e Alemanha.

Foram os Estados Unidos que enviaram a Israel as bombas GB-U 39 que o New York Times descreveu como as pequenas bombas americanas que mataram palestinos às duzias nos dois eventos de hoje, que deixaram mais de 210 mortos e pelo menos 400 feridos. São as mesmas bombas  fabricadas pela Boeing usadas em Rafah no final de maio,queimando as tendas e matando 45 palestinos e ferindo milhares.

Joe Biden é tratado apenas como homem mau do Conselho de Segurança que não deixa as resoluções contra a guerra serem aprovadas. E também aquele que pune o Tribunal Penal Internacional (TPI) cujo promotor pediu mandado de prisão contra Netanyahu. A diplomacia internacional é a parte mais descarada da cobertura de Biden ao matador de aluguel  que se ocupa do serviço sujo, cercado por extremistas encarregados do terror e ódio religioso e uma midia treinada para tratar o genocida como fonte oficial e o massacre de Gaza como guerra ao terror.

Israel depende do dinheiro, armas e sinal verde dos Estados Unidos para tudo. E vem, gradualmente, por décadas seguidas, ano a ano, devorando a Palestina, a vida, a cultura e a história do povo palestino, enquanto os EUA  lhe asseguram mais recursos em armas estadunidenses do que o povo americano acessa em saúde pública. Os lobbies sionistas que controlam a política nos EUA são financiados, não por Israel, mas pelos Estados Unidos para combate a um antissemitismo  que na verdade é como chamam os protestos dos estudantes contra Israel.

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Um grupo de organizações de direitos humanos, entre elas a Defense for Children International – Palestine (DCI-P), Al-Haq, Palestinians in Gaza e Palestinian Americans, representadas pelo Center for Constitutional Rights, tem processado o presidente Joe Biden, o secretário de Estado Antony Blinken e o secretário de Defesa Lloyd Austin para que parem de armar e proteger Israel no ataque à Gaza. A ação foi  derrotada na primeira instância, por tratar-se de política externa. Um recurso na justiça federal será julgado nesta segunda-feira (10), mas não há grande expectativa de que algo mude, quando defender Israel em qualquer circunstância é uma questão de estado para os EUA, que tem na ocupação da Palestina seu bunker no Oriente Médio.

À medida em que a diplomacia americana vai barrando qualquer iniciativa para conter a guerra em Gaza, em negociações usadas apenas para dar mais tempo para a guerra avançar, suas ações de aparente preocupação humanitária com os palestinos vão gerando desconfianças sérias. O mesmo porto que os EUA diziam estar construindo para levar ajuda à Gaza, na verdade serviram para infiltrar soldados disfarçados de comida e viabilizar a invasão por mar para os ataques – também por terra e ar – deste sábado. O site americano Axios disse ter ouvido fonte do governo de que os EUA ajudaram.

Netanyahu falou à imprensa e chamou os crimes no centro de Gaza de operação criativa – com o massacre usado para imobilizar a população, enquanto  soldados chegavam a 4 reféns depois de oito meses de guerra ininterrupta. Para Netanyahu, não importam tanto os resgatados quanto os massacrados.  Ele segue cumprindo seu papel, sob a cobertura de Joe Biden, em uma guerra que não estaria acontecendo contra a vontade e a sustentação dos EUA.

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As opiniões expressas neste artigo são de responsabilidade do autor e não refletem necessariamente a política editorial do Middle East Monitor.

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