A Universidade de Michigan e a Universidade da Cidade de Nova York não conseguiram lidar com os recentes incidentes de natureza antipalestina, antiárabe e antissemita, informou o Departamento de Educação dos EUA na segunda-feira. O departamento também chegou a um acordo com as duas universidades sobre as reclamações de tais incidentes, explicou a Reuters.
As universidades concordaram em tomar algumas medidas, como reabrir algumas queixas passadas, relatar seus resultados ao governo, treinar o pessoal sobre como responder a reclamações de discriminação e realizar mais pesquisas para avaliar tais experiências discriminatórias, apontou o Departamento de Educação.
Essas foram as primeiras investigações a serem concluídas entre as várias que foram lançadas pelo departamento desde outubro, quando Israel lançou sua última campanha de bombardeio em Gaza. Algumas investigações envolveram incidentes anteriores ao início da guerra. De acordo com o Departamento de Educação, as universidades não cumpriram a exigência de remediar um ambiente hostil.
Os incidentes que foram investigados variaram de ameaças relatadas por um estudante judeu nas mídias sociais a estudantes pró-palestinos que relataram terem sido chamados de “terroristas”. As universidades confirmaram o acordo de resolução e disseram que se opõem a todos os tipos de discriminação e assédio.
Grupos de defesa afirmam que os incidentes de ódio e preconceito contra judeus, muçulmanos, árabes e palestinos nos Estados Unidos, o principal aliado de Israel, aumentaram em meio à guerra. Os incidentes alarmantes incluem o esfaqueamento fatal, em outubro, de uma criança palestino-americana de 6 anos de idade em Illinois; o tiroteio de três estudantes de origem palestina em Vermont, em novembro; e o esfaqueamento de um homem palestino-americano no Texas, em fevereiro.
Um ex-estudante da Universidade de Cornell se declarou culpado em abril por postar ameaças on-line, inclusive de morte e violência, contra estudantes judeus no campus. Também houve alegações de retórica alarmante em alguns protestos recentes em campus universitários.
Mais de 38.000 palestinos foram mortos no ataque israelense à Faixa de Gaza, que já dura oito meses, segundo autoridades de saúde de Gaza. A guerra também deslocou quase todos os 2,3 milhões de palestinos do enclave, causou fome generalizada e levou a alegações de genocídio, o que é negado por Israel.