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Soldados israelenses em Gaza ostentam má conduta

Israel e EUA usam comida para impor pressão política contra os palestinos de Gaza

Palestinos fazem fila para receber ajuda da Cruz Vermelha, na Cidade de Gaza, em 11 de junho de 2024 [Mahmoud Zaki Salem Issa/Agência Anadolu]

Estados Unidos e Israel estão utilizando comida e outros insumos como ferramentas de pressão política contra os civis da Faixa de Gaza, “ao perpetuar a fome e deliberadamente agravar a crise humanitária” que assola o enclave, denunciou nesta segunda-feira (17) o gabinete de imprensa do governo local.

“Desde o começo da guerra genocida em Gaza, a ocupação israelense e o governo dos Estados Unidos recorrem à comida e assistência como trunfo e ferramenta de pressão política contra os 2.4 milhões de civis, sobretudo crianças e doentes, que vivem em duras condições humanitárias e fome generalizada”, declarou o comunicado.

“Trata-se de violação de princípios éticos e humanitários, assim como da lei internacional e uma exploração das carências das crianças e dos civis em geral, ao agravar seu sofrimento e por suas vidas em risco para fins políticos”, acrescentou.

A nota advertiu que as condições em Gaza estão se tornando “mais difíceis e mais desastrosas” a cada dia, com todas as travessias fechadas pelo cerco de Israel.

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O gabinete de imprensa condenou “nos mais firme termos o crime desumano de matar de fome toda uma população, cometidos pela ocupação e pela gestão americana de maneira hedionda e para conquistar seus próprios objetivos políticos”.

O governo em Gaza pediu resposta das cortes internacionais contra os perpetradores e pressão da Organização das Nações Unidas (ONU), países e fóruns para impedir os crimes.

Israel mantém ataques indiscriminados a Gaza desde 7 de outubro, deixando 37 mil mortos e 85 mil feridos, além de dois milhões de desabrigados.

O Estado israelense é réu por genocídio no Tribunal Internacional de Justiça (TIJ), em Haia, e age em desacato de medidas cautelares para permitir o acesso humanitário contínuo e suspender suas operações em Rafah, no extremo sul do enclave.

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