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Soldados israelenses em Gaza ostentam má conduta

Israel destruiu 70% das instalações públicas de Rafah, reporta municipalidade

Destruição em Rafah, no extremo sul de Gaza, sob ataques de Israel, em 25 de março de 2024 [Abed Rahim Khatib/Agência Anadolu]

Ataques israelenses destruíram mais de 70% das instalações públicas de Rafah, cidade fronteiriça no extremo sul de Gaza, reportou o prefeito palestino Ahmed al-Soufi nesta quinta-feira (20), segundo informações da agência Anadolu.

Os danos do “massacre israelense” incluem infraestrutura básica, destacou al-Soufi. De acordo com seu relato, bombardeios israelenses destruíram na terça-feira (18) dezenas de casas no bairro Saudi, no oeste de Rafah.

“Israel busca tornar Gaza inabitável ao destruir a travessia de Rafah e impedir entrada de assistência humanitária”, comentou o prefeito, ao advertir novamente para a crise de fome que assola o enclave.

Israel avançou a Rafah no mês passado, ao capturar a travessia com o Sinai, no Egito — único ponto de contato entre os palestinos sitiados e o mundo exterior, seja para a sua retirada para cuidados médicos ou para entrada de ajuda humanitária.

LEIA: Israel mata mais de 210 em massacre planejado para resgatar 4 reféns

Na quarta-feira (19), a rádio militar israelense confirmou que a travessia não está mais operante do lado palestino, após as operações do exército.

Vídeos compartilhados nas redes sociais mostram a devastação na travessia e restante da cidade — que chegou a abrigar 1.5 milhão dos 2.4 milhões de palestinos de Gaza, ao quintuplicar sua população pré-guerra de 300 mil pessoas.

As ações israelenses reduziram escolas, hospitais, abrigos, campos de refugiados e até mesmo rotas de fuga a ruínas.

Israel mantém ataques indiscriminados contra Gaza há quase nove meses, deixando 37 mil mortos e 85 mil feridos até então, além de dois milhões de desabrigados. Tel Aviv mantém ainda um cerco absoluto a Gaza desde então — sem comida, água, remédios, combustível e eletricidade.

Israel é réu por genocídio no Tribunal Internacional de Justiça (TIJ), radicado em Haia, conforme denúncia sul-africana deferida em 26 de janeiro, e age em desacato a ordens cautelares para cessar as operações em Rafah.

Em maio, a promotoria do Tribunal Penal Internacional (TPI), também em Haia, pediu mandados de prisão contra o premiê israelense Benjamin Netanyahu e seu ministro da Defesa, Yoav Gallant.

As ações israelenses são punição coletiva, crime de guerra e genocídio.

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