Faisal bin Farhan al-Saud, ministro de Relações Exteriores da Arábia Saudita, condenou veementemente o voto no parlamento israelense (Knesset), na quarta-feira (17), contra qualquer reconhecimento de um Estado palestino.
O chanceler denunciou também a invasão da Mesquita de Al-Aqsa, em Jerusalém, pelo ministro de Segurança Nacional de Israel, Itamar Ben-Gvir.
“Tais práticas hostis contra os lugares santos do Islã e as leis e resoluções internacionais refletem uma abordagem agressiva por parte das autoridades da ocupação israelense”, advertiu seu ministério em comunicado oficial.
Bin Farhan destacou que “essas práticas frustram qualquer progresso voltado a evitar o derramamento de sangue inocente e a alcançar uma paz justa e abrangente”.
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A decisão do Knesset vai na contramão da chamada solução de dois Estados, proposta negociada da comunidade internacional rejeitada por Israel, à medida que se agravam as violações e anexação de terras nos territórios ocupados.
As declarações de bin Farhan contradizem ainda promessas do presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, em campanha eleitoral de alcançar uma normalização entre Israel e Arábia Saudita, processo interrompido pelo genocídio em Gaza.
Nesta sexta-feira (19), o Tribunal Internacional de Justiça (TIJ), sediado em Haia, definiu a ilegalidade da ocupação militar israelense nos territórios palestinos desde 1967.