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Netanyahu blefa sobre Jerusalém Oriental e Cisjordânia: “parte de nossa terra”.

O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, fala durante uma cerimônia em memória das vítimas do caso Altalena de 1948, no cemitério Nachalat Yitzhak, em Tel Aviv, em 18 de junho de 2024 [Shaul Golan via Getty Images]

O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, reiterou que a ocupação não abrirá mão do controle da Cisjordânia para os palestinos, colocando a oportunidade de uma solução de dois Estados ainda mais fora de alcance.

Em uma entrevista à revista TIME publicada esta semana, Netanyahu declarou que os territórios palestinos ilegalmente ocupados de Jerusalém Oriental e da Cisjordânia são “parte de nossa terra natal. Pretendemos ficar lá”.

O premiê israelense reiterou sua oposição ao estabelecimento de um Estado palestino independente e soberano, dizendo que só permitiria uma autonomia limitada para os palestinos nos territórios ocupados enquanto Israel mantivesse o controle de segurança, como acontece atualmente, já que a Autoridade Palestina (AP) limita-se a deveres administrativos e segurança interna parcial.

Enquanto isso, a ocupação israelense controla a segurança dos territórios, o espaço aéreo, os portos de entrada, a política de planejamento e, em parte, a economia e a arrecadação de impostos, o que dá a Tel Aviv vantagens esmagadoras e influência na dinâmica.

“Nós não governamos a terra deles. Não mandamos em Ramallah. Não governamos Jenin”, afirmou Netanyahu. “Mas entramos e agimos quando precisamos impedir o terrorismo”, referindo-se aos combatentes e facções da resistência palestina que habitam as vilas e cidades da Cisjordânia.

LEIA: Só a descolonização pode parar Israel, e não mais resoluções fúteis

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