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Soldados israelenses em Gaza ostentam má conduta

Recursos dos EUA para genocídio em Gaza ‘decolam’, alerta relatora da ONU

Palestinos lamentam parentes mortos por ataque israelense à escola al-Taba’een, que abrigava refugiados, na Cidade de Gaza, 10 de agosto de 2024 [Dawoud Abo Alkas/Agência Anadolu]

Francesca Albanese, relatora especial das Nações Unidas para a Palestina, denunciou o governo dos Estados Unidos de aumentar seu financiamento ao genocídio de Israel em Gaza, em um momento em que as forças ocupantes adotam “armas ainda mais letais”.

Na rede social X (Twitter), neste domingo (11), alertou Albanese:

“O financiamento dos Estados Unidos sobre o genocídio israelense está decolando, à medida que Israel utiliza armas ainda mais letais”.

Seus comentários sucederam um bombardeio contra a escola al-Taba’een, que abrigava refugiados, na Cidade de Gaza, no último sábado (10), matando ao menos cem civis e ferindo dezenas.

Os palestinos foram alvejados enquanto realizavam suas orações da manhã no pátio da instalação humanitária.

Segundo Albanese:

“As armas utilizadas no massacre da escola al-Taba’een fatiaram os corpos ao ponto de torná-los irreconhecíveis. Agora, só podemos identificá-los por seu peso: um saco de 70 kg equivale a um adulto. Revoltante”.

Ainda no sábado, Albanese descreveu Gaza como o “maior e mais vexatório campo de concentração do século XXI”.

“Israel conduz seu genocídio contra o povo palestino de um bairro ao próximo, de uma escola à outra, de um hospital ao outro, de um campo de refugiados ao outro, de uma ‘zona segura’ a outra ‘zona segura’”, acrescentou Albanese.

LEIA: ‘Queimados vivos’: Israel bombardeia refugiados em ‘zona segura’ de Rafah

“Que os palestinos nos perdoem por nossa incapacidade coletiva em protegê-los e em honrar os princípios mais básicos da lei internacional”, concluiu a relatora.

O ataque ocorreu horas após os Estados Unidos anunciarem o envio de US$3.5 bilhões a Tel Aviv para compra de armas e insumos militares de fabricação americana, parte de um pacote suplementar de US$14.1 bilhão aprovado pelo Capitólio em abril.

Organizações como a Anistia Internacional advertem que Washington, por meio de seu apoio político e operacional a Israel, é implicado no crime de genocídio.

Israel age em desacato de uma resolução do Conselho de Segurança das Nações Unidas para negociações, além de ordens cautelares do Tribunal Internacional de Justiça (TIJ), sediado em Haia, para desescalada e fluxo humanitário contínuo.

O TIJ aceitou em 26 de janeiro a denúncia sul-africana de que Israel comete genocídio na Faixa de Gaza. Para além dos quase 40 mil mortos, a campanha israelense deixou 90 mil feridos e dois milhões de desabrigados.

O enclave está em ruínas — escolas, hospitais e abrigos não foram poupados.

LEIA: Israel matou quase 2% da população de Gaza, revela censo

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Palestina: quatro mil anos de história
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