A Organização das Nações Unidas (ONU) alertou para aumento substancial em distúrbios da fala entre as crianças da Faixa de Gaza sitiado, devido ao pânico, estresse, ansiedade e trauma oriundos dos ataques de Israel.
Em comunicado publicado no domingo (22), as Nações Unidas notaram que a destruição generalizada e os bombardeios indiscriminados de Israel são a razão para severo estresse psicológico, ao afetar até mesmo a capacidade das crianças de se comunicarem.
A ONU citou a terapeuta Amina al-Dahdouh, que trabalha com campo de deslocados em al-Zawayda, em Deir al-Balah, ao quantificar que “seis entre dez crianças sofrem hoje de alguma dificuldade de fala”, incluindo gagueira, com maior incidência.
Al-Dahdouh destacou tratar mais de 50 crianças somente em al-Zawayda, com demanda cada vez maior para seus serviços em outros campos.
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As Nações Unidas enfatizaram ainda que os distúrbios de fala não se limitam às crianças, mas podem afetar todas as idades. Diagnósticos mais precisos devem ser registrados — portanto, melhor tratados — uma vez que a guerra termine.
A ONU reforçou também apelos urgentes por apoio psicossocial a mais de um milhão de crianças em Gaza, ao ecoar apreensão sobre o impacto das hostilidades à saúde física e mental das crianças, incluindo consequências geracionais.
Israel mantém ataques indiscriminados a Gaza há quase um ano, com 41 mil mortos e 95 mil feridos, além de dois milhões de desabrigados submetidos a uma crise de fome sob o violento cerco militar da ocupação.
Entre as fatalidades, cerca de 16.400 são crianças.
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