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Soldados israelenses em Gaza ostentam má conduta

Israel prepara invasão por terra ao Líbano, afirma chefe militar

Veículos militares de Israel na fronteira com o Líbano, em 12 de setembro de 2024 [Amir Levy/Getty Images]

Israel está se preparando para uma eventual invasão por terra ao Líbano, afirmou o chefe do Estado-maior israelense, Herzi Halevi, após convocar duas brigadas de reservistas em meio a uma escalada de bombardeios ao país levantino, pelo terceiro dia seguido.

As informações são da agência de notícias Al Jazeera.

Segundo Halevi, ao conversar com soldados no front norte, nesta quarta-feira (25), a mais recente rodada de ataques aéreos contra o Líbano teve como objetivo “preparar terreno a uma possível entrada” de suas tropas.

“Estamos preparando os procedimentos de uma manobra”, insistiu o comandante. “Isso significa que nossos coturnos — nossas tropas operacionais — devem pisar em território inimigo e entrar nas aldeias que o Hezbollah montou como postos militares [sic]”.

Trata-se da mais explícita referência de uma liderança israelense a uma potencial invasão por terra ao território libanês, em paralelo ao genocídio em Gaza, que se aproxima de seu primeiro aniversário, em outubro, com mais de 41 mil mortos e 95 mil feridos.

Neste período, Israel manteve troca de disparos transfronteiriços contra o influente grupo Hezbollah, ligado ao Irã. Na última semana, uma onda de atentados terroristas, atribuídos ao Mossad, explodiu pagers e walkie-talkies nas ruas libanesas.

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Na segunda-feira (23), Israel intensificou os bombardeios, no dia mais letal de suas ações contra o Líbano em mais de duas décadas, com 600 mortos e dois mil feridos.

Ao admitir que um foguete atingiu o quartel-general do Mossad, próximo a Tel Aviv, Halevi afirmou que Hezbollah “expandiu o alcance de seus disparos, mas receberá uma resposta fortíssima”. Então, exortou seus soldados: “Se preparem!”

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Em breve mensagem de vídeo nesta quarta-feira, o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, repetiu suas promessas de devolver os deslocados do norte a seus colonatos e atacar o Hezbollah “mais forte do que podem imaginar”.

No sul do Líbano, ao menos 90 mil pessoas já deixaram suas casas, em fuga desesperada ao norte, alertou a Organização Internacional para a Migração (OIM). Congestionamentos tomaram as rodovias.

Grupo humanitários em todo o país converteram escolas em abrigos e reforçaram apelos por doações de sangue.

Segundo a OIM, a Organização Mundial da Saúde (OMS) e o Ministério da Saúde do Líbano buscam se preparar para baixas em massa, ao robustecer serviços essenciais.

A escalada ressoou alarde na comunidade internacional, sob receios de reincidência das violações israelenses perpetradas em Gaza em solo libanês, incluindo o deslocamento e as mortes em massa impostas à população civil.

Israel age em desacato de uma resolução por cessar-fogo do Conselho de Segurança das Nações Unidas, além de medidas cautelares do Tribunal Internacional de Justiça (TIJ), em Haia, onde é réu por genocídio sob denúncia sul-africana deferida em janeiro.

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