Portuguese / English

Middle East Near You

Soldados israelenses em Gaza ostentam má conduta

Presidente do Irã se reúne com delegação do Hamas em Doha, no Catar

Presidente do Irã, Masoud Pezeshkian, em Doha, Catar, em 3 de outubro de 2024 [Presidência do Irã/Divulgação/Agência Anadolu]

Uma delegação de alto escalão do grupo palestino Hamas se reuniu com o presidente do Irã, Masoud Pezeshkian, em Doha, capital do Catar, para discutir o genocídio de Israel em Gaza e os recentes avanços regionais, incluindo a invasão ao Líbano.

Em nota emitida pelo Hamas nesta quinta-feira (3), o movimento confirmou que a equipe, liderada por Muhammad Darwish, presidente do Conselho de Shura do Hamas, abrangeu outras figuras de destaque do gabinete político, incluindo Khaled Meshal, Khalil al-Hayya, Hussam Badran e Muhammad Nasr.

A delegação iraniana contou, por sua vez, com o embaixador no Catar, Ali Saleh Abadi, e o ministro de Relações Exteriores, Abbas Araghchi, que seguiu viagem nesta sexta-feira (4) a Beirute, capital do Líbano, para conversar também com o premiê Najib Mikati e o chefe do legislativo Nabih Berri.

Conforme o Hamas, os interlocutores discutiram desenvolvimentos políticos e de campo sobre a questão palestina, em particular a campanha israelense em Gaza, que se avizinha de um ano, e a recente expansão ao Líbano.

LEIA: ‘Nosso inimigo é um’: Em raro sermão, aiatolá Khamenei pede união contra Israel

A delegação palestina enfatizou a parceria estratégica com o Irã e o “eixo de resistência”, ao acolher a resposta iraniana ao assassinato de Ismail Haniyeh, líder político do Hamas, em Beirute, em 31 de julho, onde estava para a posse de Pezeshkian.

O incidente foi mencionado, junto à morte de Hassan Nasrallah, líder do Hezbollah, como razão para o disparo de 200 mísseis iranianos a Israel nesta terça-feira (1º), somente pela segunda vez na história — a primeira em abril.

Pezeshkian, de sua parte, descreveu o martírio de Haniyeh como um dos momentos mais difíceis da sua vida. “Haniyeh era convidado de minha cerimônia de posse; horas depois, soube das notícias de seu assassinato atroz, o que foi bastante doloroso para mim”.

Segundo o presidente, os crimes cometidos pela “entidade sionista em Gaza e no Líbano partem o coração de quem quer que tenha humanidade — uma dor ainda maior àqueles que veem os palestinos oprimidos como nossos irmãos”.

Pezeshkian condenou ainda o comportamento “vergonhoso” dos Estados Unidos e outras potências ocidentais em apoio incondicional a Israel, sob suposta “democracia”, apesar das sucessivas violações de direitos humanos.

LEIA: Chanceler iraniano visita Beirute, em ‘ato de desafio’ à escalada de Israel

O presidente iraniano viajou a Doha para a Cúpula de Diálogo e Cooperação da Ásia, onde buscou elucidar a seus vizinhos a posição de seu Estado, em meio a apreensões de que a escalada em Gaza e no Líbano tome a região.

Em Gaza, Israel deixou ao menos 41 mil mortos e 96 mil feridos, além de dois milhões de desabrigados desde outubro passado. No Líbano, são mil mortos, três mil feridos e cerca de 1.2 milhão de deslocados à força em dez dias.

As ações israelenses são crime de guerra e genocídio.

Categorias
CatarIrãIsraelLíbanoNotíciaOriente MédioPalestina
Show Comments
Palestina: quatro mil anos de história
Show Comments