Treze hospitais foram forçados a fechar as portas devido aos ataques aéreos israelenses contra o Líbano, reportou nesta quinta-feira (24) o gabinete do premiê interino Najib Mikat, de acordo com informações da rede Assabeel.
Em coletiva de imprensa, Mikati notou que seu governo mantém apoio à proposta franco-americana de cessar-fogo de 21 dias, à medida que Israel expandiu sua agressão de Gaza ao Líbano, há cerca de um mês.
Os avanços de Israel no chamado front norte sucederam atentados terroristas, atribuídos ao Mossad, que detonaram pagers e walkie-talkies nas ruas libanesas. Em seguida, jatos israelenses intensificaram bombardeios a todo o país, incluindo a capital Beirute.
Desde 1º de outubro, Israel mantém ainda esforços para invadir por terra o sul do Líbano, embora frustrados pela resistência em campo do grupo Hezbollah.
Os avanços sucedem um ano de troca de disparos entre Tel Aviv e Hezbollah na fronteira, no contexto do genocídio em Gaza, com 42.800 mortos, cem mil feridos e dois milhões de desabrigados.
Para Mikati, a Resolução 1701 das Nações Unidas permanece como alicerce em busca da estabilidade e segurança da região, como impeditivo a uma entrada israelense à linha de fronteira, previamente acordada.
O premiê notou ainda que seu exército deu início a esforços de recrutamento, mas carece de apoio financeiro e treinamento internacional, para que oito mil soldados possam ir ao sul do país, a fim de preparar terreno a um cessar-fogo.
No Líbano, são dois mil mortos, dez mil feridos e 1.34 milhão de deslocados à força pelas ações israelenses.
Israel segue em desacato de resoluções do Conselho de Segurança das Nações Unidas e medidas cautelares do Tribunal Internacional de Justiça (TIJ), em Haia, sob denúncia sul-africana deferida em janeiro.
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