Ataques da ocupação israelense contra a cidade de Khan Younis, no sul da Faixa de Gaza, deixaram ao menos 38 mortos durante a madrugada, junto a uma invasão colonial contra um hospital na região norte, reportaram oficiais palestinos.

Segundo o Ministério da Saúde de Gaza, a maior parte das baixas pelos ataques coloniais a residências no sudeste de Khan Younis são mulheres e crianças, incluindo 28 membros da família Al-Farra — dentre os quais, dez crianças.

Estima-se ao menos 40 feridos.

Palestinos mortos por ataques de Israel no Hospital Europeu de Khan Younis, em Gaza, 25 de outubro de 2024 [Abed Rahim Khatib/Agência Anadolu]

Crianças mortas por ataques de Israel no Hospital Europeu de Khan Younis, em Gaza, 25 de outubro de 2024 [Abed Rahim Khatib/Agência Anadolu]

Palestinos mortos por ataques de Israel no Hospital Europeu de Khan Younis, em Gaza, 25 de outubro de 2024 [Abed Rahim Khatib/Agência Anadolu]

Crianças mortas por ataques de Israel no Hospital Europeu de Khan Younis, em Gaza, 25 de outubro de 2024 [Abed Rahim Khatib/Agência Anadolu]

Palestinos mortos por ataques de Israel no Hospital Europeu de Khan Younis, em Gaza, 25 de outubro de 2024 [Abed Rahim Khatib/Agência Anadolu]

Palestinos mortos por ataques de Israel no Hospital Europeu de Khan Younis, em Gaza, 25 de outubro de 2024 [Abed Rahim Khatib/Agência Anadolu]

Alguns residentes regressaram à cena na manhã seguinte, remexendo os escombros a fim de recuperar roupas e documentos; crianças procuraram por brinquedos.

No hospital Nasser, próximo do local do ataque, os médicos receberam os mortos, dentre eles três crianças que foram envolvidas na mesma mortalha branca, por conta da falta de suprimentos oriunda do cerco israelense.

No norte do enclave, Jabaliya e arredores permanecem sob ataque há semanas. Segundo os relatos, soldados israelenses sitiaram e invadiram o Hospital Kamal Adwan — uma das três últimas instalações médicas ainda parcialmente operantes na região.

“Tratores e tanques de guerra israelenses continuam no hospital, desde a meia-noite de ontem”, reportou Eid Sabbah, diretor de enfermagem em Kamal Adwan, em mensagem de voz à agência Reuters. “Começaram a aterrorizar civis, incluindo crianças e feridos assim que entraram, ao abrir fogo dentro do hospital”

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O exército recuou, informou Sabbah, ao permitir — somente então — que uma delegação da Organização Mundial da Saúde (OMS) entrasse no perímetro com uma ambulância, no intuito de evacuar ao menos 40 pacientes.

Em seguida, não obstante, as tropas retornaram e voltaram a disparar, ao atingir tanques de oxigênio, adentrar no edifício e ordenar trabalhadores e pacientas a evacuá-lo.

Em Beit Lahya, em incidente paralelo, três casas foram bombardeadas por Israel, com 25 mortos e dezenas de feridos.

Médicos nos hospitais alvejados nos três alvos distintos, contudo, recusaram-se a acatar às ordens arbitrárias de Israel, que deixariam pacientes impossibilitados de escapar sem qualquer auxílio.

Segundo as informações, ao menos 800 palestinos foram mortos no norte de Gaza em 20 dias, quando Israel deflagrou sua nova ofensiva contra a área.

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Israel mantém ataques indiscriminados a Gaza há um ano, com 42.800 mortos e cem mil feridos, além de dois milhões de desabrigados.

Israel é réu por genocídio no Tribunal Internacional de Justiça (TIJ), com sede em Haia, sob denúncia sul-africana deferida em janeiro.

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