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Soldados israelenses em Gaza ostentam má conduta

África do Sul apresentará dossiê detalhado ao tribunal superior da ONU, com evidências forenses para provar o genocídio israelense em Gaza

Audiência do TIJ realizada em 16 de maio de 2024 [Selman Aksünger/Agência Anadolu]
Audiência do TIJ realizada em 16 de maio de 2024 [Selman Aksünger/Agência Anadolu]

A África do Sul deve apresentar um memorial detalhado contra Israel no Tribunal Internacional de Justiça (TIJ) na segunda-feira, com o objetivo de substanciar seu caso de que Israel está cometendo genocídio na Palestina, fontes diplomáticas confirmaram à Anadolu no domingo, relata a Agência Anadolu.

Uma fonte diplomática sul-africana disse à Anadolu, solicitando anonimato, pois não estava autorizada a falar com a mídia, que o memorial será arquivado na segunda-feira.

O Ministro das Relações Exteriores da África do Sul, Ronald Lamola, disse ao site de notícias Daily Maverick que o memorial contém mais evidências, em “detalhes forenses”, para mostrar que “este não é apenas um caso plausível de genocídio, mas de fato é genocídio”.

O relatório diz que, uma vez que um memorial é arquivado, o réu (neste caso, Israel) deve apresentar um contra-memorial até 28 de julho do ano que vem.

A África do Sul entrou com o caso de genocídio contra Israel no tribunal sediado em Haia no final de 2023, dizendo que Israel, que bombardeou Gaza desde outubro passado, não cumpriu seus compromissos sob a Convenção do Genocídio de 1948.

Vários países, incluindo Turquia, Nicarágua, Palestina, Espanha, México, Líbia e Colômbia, aderiram ao caso, que começou as audiências públicas em janeiro.

O tribunal superior ordenou em maio que Israel interrompesse sua ofensiva na cidade de Rafah, no sul de Gaza. Foi a terceira vez que o painel de 15 juízes emitiu ordens preliminares buscando controlar o número de mortos e aliviar o sofrimento humanitário no enclave bloqueado, onde o número de vítimas ultrapassou 44.000.

LEIA: Chefe da ONU expressa choque com devastação no norte de Gaza

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