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Soldados israelenses em Gaza ostentam má conduta

Israel ameaça atacar Cidadela de Baalbek, Líbano pede intervenção da Unesco

Cidadela de Baalbek, no Líbano, em 5 de outubro de 2015 [Centro de Informações da ONU/Flickr]

O ministro da Cultura do Líbano, Mohammed Wissam al-Murtada, alertou que as recentes ameaças expressas de Israel chegaram a um novo alvo: o renomado sítio arqueológico de Baalbek — Patrimônio da Humanidade segundo a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco).

Al-Murtada confirmou um pedido formal da missão permanente do Líbano na Unesco, em Paris, para agir imediatamente junto à diretoria-geral do órgão e entidades internacionais relevantes sobre as recentes ameaças.

“Todo traço de consciência que restar no mundo deve se concentrar em impedir Israel de executar suas ameaças de bombardeios à Cidadela de Baalbek, um legado cultural e um patrimônio de todos, segundo a Unesco”, declarou al-Murtada. “Este patrimônio pertence não apenas ao Líbano, mas a toda a humanidade”.

Al-Murtada instou turistas, equipes e residentes a evacuarem à área e exercerem cautela, em caso de ataque.

Os subúrbios das cidades fronteiriças de Labweh e Naqoura, no sul do território libanês, foram bombardeados por um navio de guerra israelense; aviões militares atacaram ainda Nabatieh.

LEIA: Israel ordena evacuação de civis de Baalbek, no Líbano; realiza bombardeios

Nesta semana, o exército da ocupação israelense instruiu a evacuação de civis da cidade de Baalbek, no leste libanês, como prerrogativa a ataques indiscriminados, ao repetir seu modus operandi adotado em Gaza.

Baalbek é um importante centro urbano na região libanesa do Vale do Bekaa, célebre por suas ruínas romanas — Patrimônio Mundial da Unesco. Cerca de cem mil pessoas vivem na região, potencialmente desabrigadas pelos ataques.

Ataques aéreos israelenses, mais cedo, destruíram sítios históricos também em Douris.

As ações parecem reincidir crimes de genocídio e memoricídio em Gaza — onde 43 mil pessoas foram mortas e outras cem mil feridas, além de dois milhões de desabrigadas, no período de um ano.

Em outubro deste ano, Israel deflagrou ainda uma invasão por terra ao Líbano, que incitou resposta do Irã, com uma bateria de foguetes horas depois no dia 1º.

Na sexta-feira (26), Israel lançou sua tréplica a Teerã, ao alimentar novamente apreensões de propagação da guerra a uma escala regional.

As ações israelenses seguem em violação de resoluções do Conselho de Segurança das Nações Unidas e medidas cautelares do Tribunal Internacional de Justiça (TIJ), em Haia, onde Tel Aviv é réu por genocídio desde janeiro.

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