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Soldados israelenses em Gaza ostentam má conduta

Sob boicote por apoio a Israel, Carrefour fecha lojas na Jordânia

Policiais fecham acesso a loja do Carrefour em Paris, sob protestos de ativistas pró-Palestina, em 17 de fevereiro de 2024 [Ümit Dönmez/Agência Anadolu]

A corporação multinacional de supermercados Carrefour confirmou nesta segunda-feira (5) o fechamento de todas as suas lojas na Jordânia, em uma ação atribuída ao êxito dos esforços de boicote contra marcadas que apoiam os crimes de Israel.

“A começar em 4 de novembro de 2024, o Carrefour cessará todas as suas operações na Jordânia e descontinuará suas atividades no reino”, escreveu a empresa em nota emitida no Facebook. “Agradecemos aos consumidores e nos desculpamos por inconveniências que esta decisão pode causar”.

Desde outubro de 2023, marcas internacionais enfrentam escrutínio devido à indignação pública por seu apoio direto ou indireto a Israel, ao passo que segue o genocídio em Gaza, com 43 mil mortos, cem mil feridos e dois milhões de desabrigados.

Enquanto Israel mantém cerco absoluto ao enclave — sem comida, água, combustível ou medicamentos —, empresas como Carrefour e McDonald’s enviam produtos às tropas da ocupação, além de manter negócios com colonatos ilegais na Cisjordânia.

LEIA: Protesto na Holanda denuncia apoio do McDonald’s a Israel

A situação, porém, mobilizou cada vez mais a campanha da sociedade civil palestina por Boicote, Desinvestimento e Sanções (BDS), nos moldes da luta antiapartheid da África do Sul, com impacto a empresas como Starbucks e Puma.

A fabricante desportiva alemã, por exemplo, confirmou neste ano a não-renovação de seu contrato de patrocínio com a seleção nacional de futebol de Israel.

Em outubro, a rede de fast food McDonald’s confirmou recorde negativo nas vendas pelo segundo trimestre consecutivo, acusada de distribuir produtos a soldados estacionados em Gaza, flagrados cometendo violações da lei internacional.

As ações israelenses em Gaza — também no Líbano — seguem em desacato de medidas cautelares do Tribunal Internacional de Justiça (TIJ), em Haia, onde o Estado colonial é réu por genocídio sob denúncia sul-africana deferida em janeiro.

LEIA: Sob campanha do BDS, Starbucks confirma queda global nas vendas

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