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Em 18 meses, guerra civil expulsa três milhões de pessoas do Sudão

Refugiados sudaneses deixam Sennar, na província de Gedaref, no sudeste do país, em 28 de junho de 2024 [AFP via Getty Images]

Cerca de três milhões de pessoas deixaram o Sudão desde abril de 2023, quando eclodiu a guerra civil, advertiu nesta terça-feira (5) Filippo Grandi, chefe do Alto-Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (Acnur).

Em nota compartilhada na rede social X (Twitter), declarou Grandi: “O número de pessoas que fugiram do Sudão desde o começo da guerra chegou a três milhões de pessoas, além de muitas mais deslocadas internamente”.

“Aqueles que lutam por supremacia no Sudão não estão apenas destruindo o país — mas também o esvaziando de seu próprio povo”, acrescentou.

Desde abril de 2023, as Forças Armadas combatem seus antigos aliados do golpe militar de 2021, o grupo conhecido como Forças de Suporte Rápido (FSR), devido a divergências sobre a integração destas ao contingente regular.

Desde então, mais de 20 mil sudaneses foram mortos e 11 mil deslocados à força, dentro e fora do país. Ambos os lados são acusados de violações de direitos humanos.

Milhões estão à margem da fome, com escassez de alimento registrada em ao menos 13 dos 18 estados do país.

LEIA: Povo do Sudão está ‘vivendo um pesadelo de violência’, alerta chefe da ONU, em meio a um conflito em andamento

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